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Sergio Moro anuncia demissão

Ministro afirma que presidente deseja ter alguém de contato próximo na instituição, o que ele condena

Por Redação Brasília, DF, 24/04/2020 - 11:21 Atualizado em 24/04/2020 - 15:54
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O ministro de Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, fala após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal.

O ministro começou a entrevista lembrando como recebeu o convite para assumir o Ministério do então eleito presidente Bolsonaro. Repassou números positivos da queda de crimes no Brasil durante o ano de 2019.  "Final de 2018, eu recebi o convite do então eleito presidente da república, Jair Bolsonaro, isso já falei publicamente diversas vezes, para ser ministro da Justiça e da Segurança Pública. O que foi conversado era de que nós teríamos um compromisso de combate à corrupção, crime organizado e foi-me prometido na ocasião carta branca para nomear todos os assessores, inclusive dos órgãos policiais".

O ministro diz que não concorda com nomeação política para cargos técnicos importantes no Ministério, que não havia problema em exonerar o diretor-geral Maurício Valeixo desde que houvesse uma justificativa.

O orgão de comunicação do Governo Federal afirmou que o diretor-geral Maurício Valeixo teria pedido demissão. Moro condenou: "Ele nunca pediria demissão".

"O presidente me disse mais de uma vez que queria uma pessoa de contato pessoal dele, que ele pudesse ligar. Realmente este não é o papel da Polícia Federal. As investigações tem que ser preservadas. Respeito a autonomia da Polícia Federal, como respeito a autonomia da aplicação da lei", declara Sergio Moro

Sergio Moro criticou a tentativa de interferência de Bolsonaro nas investigações da PF. "Bolsonaro queria ter pessoa do contato pessoal, que ele pudesse colher relatório de informação, que pudesse ligar, e realmente não é o papel prestar esse tipo de informação.Imagina se a ex-presidente Dilma ligasse pra pedir informação das investigações em andamento?", indagou. "Aquele governo tinha diversos defeitos, mas garantiu a autonomia das investigações, o que foi fundamental", emendou.

O agora ex-ministro afirmou que deixará o cargo. "Vou encaminhar minha carta de demissão, não tenho como prosseguir com meus compromissos se não tiver autonomia"

Acompanhe a entrevista ao vivo no link abaixo.

 

Mais informações em instantes.

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