Um dos primeiros setores a parar devido à pandemia e, provavelmente, um dos últimos a retornar. O setor de eventos segue sofrendo com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Representante do ramo, Daiane Savi, salienta que o importante está sendo possível trabalhar de segunda-feira a sexta-feira seguindo os protocolos. “Mas sábado e domingo durante estes dois fins de semana temos que respeitar e não realizar. Infelizmente, quando pensamos que viríamos com gás para retornar, paramos mais uma vez e por consequência disso, algumas empresas encerraram de vez as suas atividades. Estamos tentando a todo momento buscar soluções para não ter mais desempregos”, diz.
Daiane fala que ainda não foi feito um levantamento da quantidade de demissões deste ano. “Nosso medo maior é parar tudo novamente, aí sim terão mais e mais demissões. Estamos tentando entender e nos adaptar. Nesse momento é difícil tanto para nós do setor como para o cliente que, infelizmente, de última hora teve que cancelar seu evento levando prejuízos financeiros. Nós trabalhamos com data, planejamento e cancelar de última hora é difícil. Bate o desespero”, salienta.
A esperança vem com a vacina. “A vacina será a salvação de todos, não somente para nós. Temos a consciência que hoje está difícil, está mais grave ainda, existe negligência do Estado, falta de preparo, mas quem não falha? Ainda mais se tratando de uma pandemia. Gostaríamos da vacina, queremos a vacina. Vai que alguém olhe para a gente e nos chame para sermos vacinados também”, pontua.
O setor envolve profissionais de decoração à música, da limpeza à segurança, da alimentação à segurança, sem poder atuar.
Em outubro do ano passado, o Governo do Estado publicou portarias que autorizaram o funcionamento do setor de eventos, mediante cumprimento de protocolos. Entre eles, 30% da capacidade nas regiões com a matriz de risco no laranja, 50% nas regiões que estão no amarelo e 70% onde a matriz está no grau azul.
Antes disso, em setembro, quando estavam há seis meses sem trabalhar, integrantes do setor realizaram manifestação para chamar atenção das autoridades. O movimento foi realizado no dia 22, quando os profissionais foram à Avenida Centenário vestidos de preto e portando balões amarelos, faixas e cartazes.