Ainda não se doa tantos órgãos quanto seria possível. Esta é uma das constatações que a reportagem de A Tribuna apurou para matéria especial desta quinta-feira, Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos.
“Sabemos que o nosso corpo ou vai para a terra ou vai ser cremado. Porém, esse corpo, como teve uma morte diferenciada, ele ainda pode ajudar pessoas com esse ato de amor, de solidariedade”, afirma a enfermeira coordenadora da Comissão Hospitalar de Transplante (CHT), do Hospital São José (HSJ), Daniela Luiz Rocha.
Em oito meses deste ano houve, somente no HSJ, 18 protocolos de morte encefálica, casos que poderiam resultar em doações. Mas a maioria não liberou.
Martinho Marcos Neto, 61 anos, é morador do bairro São Defende, em Criciúma. Voluntário da Cruz Vermelha, ele vive desde 2002 com um coração novo batendo no peito. Depois de várias cirurgias, ele superou graves problemas cardíacos com um transplante.
“Graças a Deus eu consegui um órgão bom, porque falta muito doador, muitas pessoas acabam morrendo na fila porque não conseguem a doação", lembra.
A história dele e a situação atual da captação de órgãos na região estão em destaque nesta quinta-feira em A Tribuna.