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Sindicalista preso explica redução de atividades na JBS

Célio Elias comenta que a intenção não é paralisar as unidades de Forquilhinha e Nova Veneza, mas proteger a vida dos trabalhadores

Por Denis Luciano Forquilhinha, SC, 19/03/2020 - 14:47 Atualizado em 19/03/2020 - 15:49
Foto: Guilherme Nuernberg / 4oito
Foto: Guilherme Nuernberg / 4oito

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O vereador e sindicalista Célio Elias recebeu voz de prisão na manhã desta quinta-feira, 19, no pátio da JBS, em Forquilhinha, enquanto acompanhava uma reunião de trabalhadores com a gerência da empresa. Em pauta, a proposta de redução de atividades para diminuição da quantidade de trabalhadores nos mesmos ambientes, enquanto perdurar a situação de emergência por conta do coronavírus.

"Os trabalhadores estão reivindicando a proteção da vida deles e da família deles. A discussão é a empresa diminuir o número de trabalhadores dentro do abatedouro. Temos 600 pessoas dentro da sala de corte, é muita gente", referiu o sindicalista. "Nosso ambiente de trabalho é confinado e com ar artificial, isso prejudica a saúde das pessoas, imagina com esse coronavírus, se alguém pega a contaminação desse vírus", destaca.

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A prisão de Célio Elias ocorreu durante uma negociação pela manhã. "A PM veio, o gerente da unidade chamou os trabalhadores para uma reunião no pátio. Quando o tenente falou que os trabalhadores tinham dois minutos para decideir se iam embora ou não, eu disse que eles não poderiam fazer isso, que eles haviam batido o cartão e estavam dentro da empresa. Daí ele me deu voz de prisão. Tinha quatro viaturas dentro do pátio, eu fui autuado dentro do pátio da empresa. Imagina o tumulto", relata.

Desfeito o impasse com a PM, muitos trabalhadores se retiraram da JBS. "A produção está em 30% em Forquilhinha e 30% em Nova Veneza", informa Elias. 

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Outra preocupação é com a circulação de pessoas. "Temos uma grande gama de pessoas de fora, que estão circulando, pessoas que pegaram férias, viajaram para visitar parentes, essas pessoas estão circulando aqui", adianta. "Os trabalhadores pararam não por salários ou condição de trabalhos, mas sim prevenção. Queremos redução da produção, e não paralisar a empresa, para tirar um número razoável de trabalhadores de dentro", aponta.

A discórdia começou ainda na noite anterior, quando das primeiras tratativas sobre o transporte fretado pela JBS. "A empresa descumpriu o decreto, depois mudaram o decreto a pedido da JBS. Essa é outra situação que precisamos resolver de uma forma mais adequada", completa o sindicalista.

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