O suposto ato xenofóbico de torcedores do Criciúma para a comissão técnica do Sport vai ser julgado na manhã desta terça-feira (17) pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD). Na ocasião, o vice-presidente do clube pernambucano, Augusto Carreras, afirmou que iria enviar as imagens para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A partida aconteceu no dia 24 de maio.
O Criciúma foi denunciado pelo Artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva que diz: Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.
Se identificado, o torcedor pode ficar no mínimo 720 dias sem poder entrar no estádio. “A pena de multa prevista neste artigo poderá ser aplicada à entidade de prática desportiva cuja torcida praticar os atos discriminatórios nele tipificados, e os torcedores identificados ficarão proibidos de ingressar na respectiva praça esportiva pelo prazo mínimo de setecentos e vinte dias”, diz o documento.
Três dias depois da partida, o Criciúma soltou uma nota oficial.
O Criciúma Esporte Clube manifesta e reitera o seu repúdio a qualquer ato de discriminação, seja por raça, gênero, orientação sexual, religião, ideologia, origem étnica ou diversidade funcional e afirma que jamais será omisso diante de acontecimentos tão graves que estamos assistindo no Brasil e no Mundo.
Não compactuamos e jamais aceitaremos qualquer forma de preconceito ou falta de respeito. Priorizamos a união de todos e queremos sempre que a nossa casa seja um ambiente familiar e acolhedor.
Não bastasse isso, o clube é um defensor das grandes causas e bandeiras educativas que mantém uma sociedade justa e equilibrada e promoverá já a partir do mês de junho uma grande campanha contra o trabalho infantil.
Seguimos na luta diária por uma sociedade e um futebol sem ódio e preconceitos.