A suspeita de duas tentativas de roubo a motoristas de aplicativos em Criciúma foi encaminhada ao Presídio Santa Augusta. Ela foi autuada em flagrante por tentativa de roubo, ouvida pela Civil na Delegacia da Mulher e reconhecida pelas duas vítimas (um roubo na sexta-feira e a tentativa frustrada nesta segunda).
Durante o depoimento, a mulher reafirmou a versão que teria dado aos policiais militares rodoviários quando foi detida, de que, na verdade, teria sido uma vítima de tentativa de assédio.
"Ela deu uma versão distorcida de que o motorista teria assediado, o que não condiz com a realidade do que foi apresentado na prisão em flagrante", afirma o delegado Rafael Iasco. Ela será indiciada por tentativa de roubo.
A tentativa de assalto aconteceu na manhã desta segunda-feira. A mulher chamou o motorista pelo aplicativo, uma corrida da Vila Zuleima até Siderópolis. No meio do caminho, após passar por uma barreira policial, ela pediu o carregador de celular emprestado ao motorista. Quando o motorista foi pegar o carregador, foi surpreendido com uma faca no pescoço. Ele se desvencilhou e freou o carro bruscamento, sendo levemente cortado na orelha esquerda.
Com a freada repentina, outro veículo bateu na traseira do carro da vítima. Assim, a mulher tentou fugir do local. O motorista foi atrás e solicitou que os transeuntes chamassem a polícia, que foi até o local e prendeu a suspeita.
De acordo com informações da Civil, a mulher tem contra si outras passagens pela polícia. Ela foi identificada como autora de um assalto na última sexta-feira, quando teria agido em dupla, segundo o motorista que teve o carro, um celular e uma quantia em dinheiro roubados. A Polícia não tem informações sobre a outra suspeita.
Ainda nesta segunda-feira, motoristas de aplicativo estiveram em frente à Delegacia da Mulher, onde a suspeita dos crimes estava prestando depoimento. Os motoristas relatavam-se assustados com os dois assaltos nos últimos dias. Um representante afirma que certos bairros, considerados mais perigosos, devem ter as corridas rejeitadas durante a noite. "As empresas não nos dão nenhuma segurança. Infelizmente pessoas que precisam do serviço ficarão sem por conta da insegurança", afirmou.