Os moradores das localidades Encruzo do Barro Vermelho e Espigão da Toca, em Maracajá, além de comunidades vizinhas, diretamente impactados pelo transporte feito por caminhões com alta tonelagem, não concordam nem com a suspensão temporária do Decreto 106/2019, baixado pelo prefeito Arlindo Rocha. No máximo, eles concordam em negociar medidas que possam permitir a convivência entre qualidade de vida e manutenção das atividades econômicas.
A posição foi tomada em assembleia realizada na noite da última quinta-feira, 20, no salão comunitário de Espigão da Toca, onde compareceram também moradores do Encruzo do Barro Vermelho e de outras comunidades como Espigão Grande e Mato Feio, em Maracajá e Espigão da Pedra, em Araranguá. Mobilizados pelas mídias sociais, os moradores após debates, mediados pelo prefeito Arlindo Rocha, chegaram a três propostas que foram a votação.
Por unanimidade os moradores descartaram qualquer possibilidade de atender requerimento do prefeito de Araranguá, Mariano Mazzuco, enviado por ofício ao prefeito Arlindo Rocha, para suspender os efeitos do decreto 106/2019 por 60 dias, período em que se negociaria uma alternativa à situação. As outras duas propostas, calcadas na manutenção do decreto, tinham apenas uma diferença: negociar, ou não, possíveis alternativas.
A maioria representada por 49 votos considerou possível negociar possibilidades, mantendo em vigor todos os efeitos do decreto 106. Manter o decreto sem qualquer tipo de concessão ou negociação foi a posição defendida por 29 pessoas presentes ao encontro. Em torno de uma dezena de participantes não votaram em nenhumas das propostas, mas garantindo apoio à proposta vencedora.
No encontro foi eleita uma comissão com 11 integrantes, sendo sete moradores das duas localidades, prefeito Arlindo Rocha, e os vereadores Prezalino Ramos, Fabrício de Oliveira e Volnei Rocha, que participaram da assembleia e hipotecaram apoio à causa das famílias diretamente impactadas. Moradores de localidades vizinhas, disseram estar contando dias e horas para tomar medidas extremas, pois é por onde caminhões são desviados para ludibriar a fiscalização. Conflitos não estão descartados.