Nesta quinta-feira, 15 de novembro, é comemorada a Proclamação da República no Brasil. Uma das autoridades na história da data no país é o jornalista, escritor e pesquisador Laurentino Gomes.
Laurentino revelou que, após o lançamento de “1889”, descobriu alguns fatos novos que gostaria de ter acrescentado a obra. "Depois que lancei descobri detalhes de coisas que já sabia. Um deles é sobre uma questão amorosa envolvendo a Proclamação da República. O Marechal Deodoro não proclamou a República no dia 15 e sim na madrugada do dia 16. E, além das questões políticas, tinha um triângulo amoroso envolvido nisso", comentou.
Segundo o autor, alguns anos antes Deodoro tinha trabalhado no Rio Grande do Sul, onde se envolveu com a política e se tornou rival do senador Silveira Martins. "Além de rivais na política, eles eram rivais na vida pessoal. Os dois disputaram o coração de uma mesma mulher, a baronesa de Triunfo. E o Marechal Deodoro perdeu essa disputa. Ele só resolveu proclamar a república quando soube que Pedro II tinha convocado para constituir um novo Ministério o senador Silveira Martins. Então, eu diria que a República tem uma madrinha, que é a baronesa do Triunfo. Sem ela, talvez os acontecimentos teriam sido diferentes”.
Novos Livros
Laurentino Gomes revelou que está escrevendo uma trilogia sobre a história da escravidão no Brasil. Os livros serão lançados em 2019, 2020 e 2021. “Acho que a escravidão é o assunto mais importante da história do Brasil. Não conseguimos entender quem fomos, quem somos e quem seremos no futuro sem estudar a escravidão e nossas raízes africanas”, disse.