Além de ser o mês de combate ao câncer de próstata, novembro também é o mês de conscientização e prevenção à prematuridade. De acordo com números da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 15 milhões de bebês nascem antes do tempo por ano no mundo, significando 10% dos partos. O Dia Mundial da Prematuridade é lembrado em 17 de novembro.
Em nosso país o índice é ainda maior. São mais de 340 mil nascimentos por ano, sendo 40 a cada hora. Realizar o pré-natal é essencial para evitar a prematuridade, assim como ultrassonografias no colo do útero.
“Além de conhecer todo o histórico da mãe, a realização de exames clínicos, laboratoriais e obstétricos são de extrema importância para identificação prévia de possíveis gestações de risco e indicação adequada da melhor conduta terapêutica”, afirma o obstetra Mario Macoto.
Em boa parte dos casos, quando é identificada possibilidade de prematuridade, a internação da gestante para repouso e monitoramento ajuda a retardar o nascimento. A idade gestacional dos bebês é fundamental para determinar possíveis problemas para a criança. “Costumamos dizer que um dia do bebê no útero materno equivale a três dias de internação na UTI neonatal”, garante Macoto.
São considerados prematuros os bebês que nascem antes de completar 37 semanas. Eles são classificados de três formas: bebê prematuro tardio, nascido entre 34 e 36 semanas; prematuro precoce, nascido antes de 34 semanas e o prematuro extremo, que nasce antes de 28 semanas de gestação.
Caso o parto prematuro seja inevitável, o uso de corticoides durante a gestação para fortalecer os pulmões do bebê e do sulfato de magnésio para proteger o cérebro do recém-nascido, são métodos bastante indicados e administrados com frequência.
“A população no geral não tem ideia das possíveis intercorrências de uma gestação. Mesmo uma gestante saudável está sujeita a ter pré-eclâmpsia ou desenvolver diabetes gestacional, por exemplo. Por isso, o acompanhamento médico durante todo o período gestacional é primordial”, finaliza Macoto.