Que a Praça Nereu Ramos é o coração democrático e plural de Criciúma, a história confirma. Desde sempre. Mas esta semana tem agregado uma característica especial no cotidiano da cidade, principalmente para quem vive o principal ponto de encontro do Centro. Por iniciativa do empresário Serginho Zappelini, já são dois dias consecutivos de exposições a céu aberto. "Nada muito formal, apenas para mostrar manifestações culturais nesse espaço tão nosso que é a praça", contou.
Na segunda-feira ele já havia chamado a atenção ao enfileirar bagos de Adão, frutas de uma árvore recém derrubada da praça. "Derrubada pois estava com problemas mesmo", lamentou.
Nesta terça, Serginho voltou à carga. Um espelho trincado, com as trincas formando uma árvore, foi colocada no chão, novamente diante da loja do ex-presidente da Fundação Cultural de Criciúma (FCC). "A ideia é a mesma, refletir sobre o hoje e o amanhã do Brasil, desde a corrupção até a pobreza, da falta de cuidados com o meio ambiente e com a exclusão social", explicou, contextualizando a peça, a qual ele deu o título de "Reflexo do Brasil". "É uma forma que encontramos de colocar uma visão de arte acessível para todos. É muito bom pois as pessoas param, olham, observam, comentam e perguntam. Desperta um olhar crítico", concluiu.
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