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Universidade de Oxford inicia testes em humanos para vacina contra o coronavírus

Pneumologista Renato Matos diz que essa pode ter sido a melhor notícia em meio à pandemia

Por Heitor Araujo 28/04/2020 - 10:58 Atualizado em 28/04/2020 - 11:01
Foto: Divulgação
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Pode vir da Inglaterra a resposta para o vírus que surgiu na China. Pesquisadores da universidade de Oxford, financiados pelo bilionário norte-americano Bill Gates, retomam uma pesquisa parada em 2008, cujos testes contra o Mers, um vírus semelhante ao novo coronavírus, foram positivos. Contra o coronavírus, aplicações foram feitas em macacos e, novamente, o resultado levou otimismo para a comunidade científica.

Isso pode antecipar, de acordo com Renato Matos, aquela estimativa de um ano e meio a dois anos para encontrar a vacina contra a Covid-19. "O que tem de novidade, existe dentro da universidade de Oxford o teste da vacina contra o Mers, um parente do coronavírus, que ficou restrito basicamente ao Oriente Médio em 2008. A vacina naquela época era promissora, agora ela foi testada em macacos e todos mantiveram-se sadios após 28 dias de contato com o vírus", aponta o pneumologista.

Agora, pesquisadores poderão testá-la em humanos, mas a ética científica torna o processo mais complexo do que o teste em animais. "Tu não pode chamar uma pessoa, mesmo que ela se voluntarie para ajudar a humanidade, para aplicar a vacina e infectá-la com o coronavírus. O que se faz é um grupo de em torno de 6 mil pessoas, parte recebendo a vacina e parte recebendo o placebo e saber se aquelas que receberam a vacina se infectaram 12 vezes menos do que aquelas que receberam a vacina", explica o médico.

"Se esses testes forem positivos, eles acham que a partir de setembro essas vacinas podem ser liberadas para comercialização. Quem financia essa pesquisa é um instituto do Bill Gates, que coloca seu dinheiro em áreas promissoras. Talvez tenha sido uma das melhores notícias que recebemos ultimamente", comemora Renato. "Existem mais de 900 estudos cadastrados entre vacinas e tratamentos para coronavírus no mundo. Praticamente parou-se todas as pesquisas em outras áreas. Esperamos que daqui a pouco tenha uma novidade, mas ainda são possibilidades", pondera.

Porém, o médico lembra que nem sempre as soluções são tão simples. Trata-se, ainda, de uma possibilidade, dentre muitas outras. Testes com a cloroquina, por exemplo, que mostravam-se promissores, estão cada vez mais longe de um desfecho favorável no combate à Covid-19. Ainda sem cura e sem vacina contra o coronavírus, a solução é o isolamento social.

"As medidas de afastamento social é para que ganhemos tempo. A partir do momento que tenhamos um tratamento que possa mudar o curso, é diferente. Se daqui a pouco tiver um antiviral que resolva a situação, o coronavírus passa a ser um problema secundário, de acesso à medicação. O problema é que só temos pros casos graves medidas de suporte, que exigem tratamento de muito tempo em UTI", diz Renato.

Tags: coronavírus

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