A população está consumindo menos refrigerantes. A queda tem sido constante ao longo dos últimos dez anos, intensificando-se a partir de 2016. De acordo com o vice-presidente regional Sul da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), Nazareno Dorneles Alves, a população tem se conscientizado sobre os riscos que essa bebida traz para a saúde e, assim, buscado outras opções.
Em nível nacional, os dados confirmam a estatística apontada pela liderança supermercadista da região. Pesquisa do Ministério da Saúde apontou redução de 53% no consumo de refrigerantes pelos brasileiros nos últimos dez anos. “Nós temos acompanhado esse trabalho mensalmente, está em queda e o consumo migrando para água, chás e sucos”, revela.
“Essa queda na venda dos refrigerantes tem variado entre 8% e 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Agora está chegando o período de calor e com o verão a tendência é que a queda diminua e o consumo volte a aumentar”, afirma o vice-presidente da Acats.
Nazareno garante que a queda no consumo não tem relação com eventuais acréscimos nos valores da bebida. “Nós estamos com a economia estável, o refrigerante não teve aumento no preço neste mesmo período”, garante. Ainda sobre esta bebida, as opções light e diet continuam com o consumo normal. “Eles não caem, as vendas se mantem”, frisa.
Crescimento de outras bebidas
Quem para de comprar refrigerantes geralmente aposta em outras bebidas, como água mineral, chás e sucos. Conforme Nazareno; “existem vários sabores de chás líquidos saborizados. Não são aqueles chás de sachês, é de outra categoria”. Ele lembra que “sempre que puder trocar o refrigerante por suco concentrado, é bacana”. O consumo de sucos de uva, vendidos em garrafas e caixas, cresceu neste período. A venda de itens como Aquarius Fresh e H2O também aumentou. Por outro lado, as bebidas de soja apresentaram queda brusca.