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Vendas positivas no primeiro dia de “Trecos e Tarecos”

Itens doados pela comunidade estão à venda com preços que variam de R$ 0,50 a R$ 150

Por Bruna Borges Criciúma, 13/04/2019 - 06:55
Daniel Búrigo / A Tribuna
Daniel Búrigo / A Tribuna

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O Asilo São Vicente de Paulo, de Criciúma, deu início na tarde de sexta-feira à quarta edição da feira Trecos e Tarecos. No andar de cima da instituição, utensílios doados pela comunidade foram colocados à venda com preços a partir de R$ 0,50 até R$ 150. Logo na primeira hora de funcionamento o movimento já havia surpreendido a organização.

“As pessoas vieram bem no começo, quando abrimos, e cedo já vendemos aproximadamente 80% dos objetos. Mas nós continuamos recebendo as doações, quem quiser pode vir doar, e nós vamos continuar a ação no sábado, das 9h ao meio-dia”, comenta a psicóloga do asilo, Claudia Bittencourt. 

Nas estantes e mesas, utensílios modernos e também antiguidades, cada um com uma história e com a possibilidade de ter a sua utilidade renovada ao ser adquirido por um novo dono. Desde almofadas bordadas por uma avó, passando por uma máquina de datilografar até um contrabaixo fazem parte dos objetos à venda. 

“Por exemplo, nós tivemos aqui a visita de um casal, que acabou de ir morar junto, estão começando a vida a dois e compraram muitos itens. Também uma avó veio comprar objetos para a neta que passou no vestibular e vai morar fora”, conta Claudia. 

“E é esse um dos nossos objetivos, além de gerar recursos para o asilo, claro, nós queremos otimizar a utilidade de objetos que estão parados dentro de casa. Toda residência sempre tem aqueles utensílios parados e que podem ser renovados. É uma questão de sustentabilidade também”, acrescenta.

Cuidado na organização

Quem visitar a ação Trecos e Tarecos neste sábado também vai perceber que existe um cuidado especial na maneira de expor cada item colocado à venda. É o resultado do trabalho de um grupo de voluntários do qual Márcia Vilaça faz parte.

“Nós somos um grupo de personal organizers de Criciúma e nos juntamos para fazer essa ação voluntária aqui, como já fizemos também no bazar da Casa Guido. Nós fazemos as triagens, colocamos os preços e dispomos as peças. Conforme as peças vão sendo vendidas, nós reorganizamos”, explica. 

Reforço para o orçamento

A expectativa da organização é de arrecadar aproximadamente R$ 4 mil com a feira. No começo da tarde de sexta, em uma análise preliminar, o valor somado já estava próximo dos R$ 3 mil. Esse recurso será utilizado para o custeio do asilo, que lida mensalmente com um déficit de R$ 20 mil. 

“Nós temos convênios com o Governo Federal e também o Municipal, que é de R$ 19,5 mil. Os idosos também contribuem com um salário mínimo da aposentadoria, mas as necessidades deles são o dobro do que eles podem contribuir. Então, nós fazemos essas ações para poder honrar com os nossos compromissos financeiros”, afirma Claudia. 

O asilo possui capacidade para 70 idosos e atualmente conta com 67 residentes. “Nós temos idosos aguardando, sempre há uma fila, e existe um processo em que aqueles que estão em vulnerabilidade social têm prioridade. Um senhor que teve a perna amputada, que estava em isolamento social, por exemplo, foi um caso emergencial que nós atendemos”, relata a psicóloga.

Brechó em maio

A próxima ação da entidade será o brechó, marcado para a segunda semana do mês de maio, ainda sem data e local definidos. O asilo já está aceitando a doação de peças de roupa, sapatos, roupas de cama e itens similares. As peças que servirem para os idosos ficam no asilo, as que não servem são encaminhadas para o brechó e revertem em recursos financeiros. Peças não vendidas no brechó são doadas para outras instituições beneficentes. 

Obras em andamento

Também contando com a solidariedade, a instituição está concretizando reformas e ampliações da sua estrutura física. Atualmente, o refeitório passa por melhorias e em breve o segundo andar será revitalizado. Também foram adquiridas 23 camas de material resistentes, ideais para os idosos.


“Essas obras e compras de mobiliários e maquinários nós conseguimos através das doações que as pessoas fazem ao declarar o Imposto de Renda. O recurso que temos agora é das pessoas físicas e jurídicas que destinaram o imposto no ano passado. O recurso das que estão declarando esse ano virá em 2020”, explica Claudia. 
 

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