“Vi colegas meu morrendo no subsolo, deram o sangue por aquela empresa”, diz mineiro da Carbonífera Criciúma

O futuro da Carbonífera Criciúma segue incerto. A empresa, que teve sua falência decretada e depois revertida em decisão no Tribunal de Justiça, ainda não pagou os créditos e vantagens aos trabalhadores, que estão organizando uma manifestação para este sábado, 27.

“Estamos nos organizando para pressionar a Justiça a fazer algo por nós. Confeccionamos uma camiseta e vamos entregar no centro de Criciúma e aproveitar para fazer uma manifestação”, declarou o mineiro Adelor Cabral.

Marcada para ocorrer às 9h, o ato será um apelo para que os trabalhadores da Carbonífera sejam atendidos. Segundo Cabral, muitos mineiros se dedicaram inteiramente à empresa e estão indignados com o não recebimento dos créditos.

“Os patrões, depois de enriquecer e abandonar mais de 600 mineiros, 600 famílias. Muitos estão doentes, sem condições de pegar outro emprego ou serviços, alguns com depressão por causa da situação. Vi colegas meu morrendo no subsolo, deram o sangue por aquela empresa”, disse Cabral.