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Luiz Rodrigo Zilli (15/02/2019)
Ele percorreu mais de 6 mil quilômetros a bordo da sua moto, uma viagem de ida e volta até a Cordilheira dos Andes, no Chile. Luiz Rodrigo Zilli contou as curiosidades e perigos dessa aventura para Mano Dal Ponte e Pity Búrigo no Programa do Avesso (15/02/2019).
Sobre a Viagem:
A viagem começou no dia 9 de janeiro, às 15h. Luiz Rodrigo Zilli iria para Uruguaiana, onde os jornais diziam que a cidade estava em estado de alerta por conta das chuvas. Pegou chuva de Canoas, onde tinha dormido, até Uruguaiana. Encontrou um motociclista de São Paulo que o acompanhou até Uruguaiana e depois seguiu viagem. Os dois se encontraram mais duas vezes mais durante a viagem, já que o motociclista iria fazer um curso em Santiago do Chile.
Depois de Uruguaiana, Zilli viajou para Villa Maria, na Argentina. Depois para Uspallata, já em cima da Cordilheira, onde dormiu por três noites. A primeira noite estava chovendo muito, mesmo assim pegou a moto e seguiu até a fronteira com o Chile. No outro dia saiu para fazer a caminhada no Aconcágua, chegando lá estava chovendo novamente. Voltou e sentiu fortes dores no punho da embreagem. Ficou com medo que fosse tendinite. Teve que descansar a tarde inteira.
No dia seguinte foi para o Chile e lá a temperatura estava abaixo de zero. Atravessou a fronteira e se perdeu em Cajon Del Maipo. Pegou 50km de uma estrada perigosa. Quando achou o hostel onde iria ficar hospedado, já estava quase desistindo de ia ao Embalse de Yelo, o destino final da viagem. Mas a dona do local o incentivou e ele seguiu viagem. "Valeu a pena. A cor daquele lago era inacreditável", descreveu.
Voltou para o hostel naquela noite, acordou no dia seguinte e voltou para Uspallata, na Argentina. Quando começou a descer a cordilheira pegou chuva mais uma vez e enfrentou temperaturas baixas. Nos quilômetros seguintes veio a tempestade. "Eu fiquei todo encharcado, já estava morrendo de frio, não enxergava mais nada direito, e ainda faltavam 40 km para um posto de gasolina. Quase entrei em pânico. Muito frio, 7 graus, todo molhado, a 60 por hora na pior das tempestades. Pensei que ia morrer nessa hora", revelou.
Quando finalmente chegou ao posto para abastecer a moto, mal conseguia digitar a senha do cartão por conta dos tremores. Chegou a um local próximo e pediu para alugar um dos quartos, mas como o dono só alugava para quatro pessoas, teve de pagar por quatro. Tomou um banho quente, se aqueceu e dormiu, retornando para casa no dia seguinte.
Foram 14 dias de viagem em uma BMW 800 e mais de 6 mil quilômetros percorridos.