Está entregue o relatório da CPI do Criciumaprev. O vereador relator, Ademir Honorato, tem adotado uma postura elogiável na sua função. É cauteloso, e não pode antecipar impressões, ao contrário do que fez o presidente da CPI, vereador Julio Kaminski, que de antemão citou suas conclusões. Ademir tem sido cauteloso, pisa em ovos, não libera nada. Não deu qualquer sinalização.
Considerando o que aconteceu na CPI, que teve suas reuniões transmitidas ao vivo, pelo que foi informado e dito uma coisa ficou clara: a prefeitura tinha dinheiro no caixa e o prefeito, ordenador primário, e seu governo decidiu não pagar, não fazer o repasse deixando acumular uma dívida que foi parcelada. A dúvida é se o vereador vai caracterizar isso como crime de responsabilidade ou se vai apenas relatar e sugerir encaminhamento aos poderes constituídos, como Ministério Público, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e outros. Uma perspectiva é meramente técnica enquanto a outra é ir além disso, diante do que foi levantado, caracterizando algo, indo na mesma linha do presidente, pelo crime de responsabilidade.
A partir daí, a dúvida é se o prefeito terá ou não maioria na comissão para eventual derrubada de um parecer que não lhe seja favorável. Hoje o quadro é mais ou menos o seguinte, três de um lado (Julio Colombo, Aldinei Potelecki e Pastor Jair Alexandre), três de outro (Julio Kaminski, Ademir Honorato e Zairo Casagrande) e o vereador Edson Paiol como fiel da balança. A CPI poderá ter um encaminhamento relativamente tranquilo ou a CPI poderá gerar um fato político importante que não se sabe o desdobramento final que vai ter.