O fim de semana foi movimentado na política.
Nos finais de semana, as pessoas aproveitam para falar mais de política.
Anotei do Facebook uma frase do Rodolfo Nicolazzi Felipe, cidadão de Nova Veneza:
"Defender fake news com o argumento da liberdade de expressão é o mesmo que defender o direito de atropelar alguém em nome do direito de ir e vir".
Alguém pode dizer que ele radicalizou, mas faz sentido!
O negócio está ficando tão estranho que a liberdade de expressão virou bandeira de quem manda calar a imprensa e agride jornalistas diariamente. E agora faz discurso para defender a liberação das fake news, que têm de um lado e de outro, e que têm grandes esquemas, produzindo factóides, normalmente usando robôs que falam com milhares de pessoas ao mesmo tempo.
Isso custa muito caro. Quem paga isso?
Não pense que tudo isso que chega no seu celular é espontâneo, de cidadãos que ficam colhendo informações e repassando.
Muito disso é produzido. Existem grupos que trabalham com isso, ganham com isso, e utilizam robôs para espalhar.
E ficam alimentando teses com pessoas de bem, que querem um Brasil melhor.
Mas, assim vão alimentando um ambiente de ódio. E arrebentando relações, e afastando pessoas, e a corda vai esticando. E a temperatura aumentando.
A carreata de ontem feita em Criciúma foi pacífica, democrática, expressão de opinião. Sem problemas.
Mas estão esticando a corda nos grandes centros, São Paulo, Rio, Brasília.
Já tivemos ontem manifestação de dois lados em São Paulo, e tivemos conflitos. E aí ficamos pensando, onde isso tudo vai parar?
O ambiente está tensionado demais. Isso é ruim. Tem gente boa nos dois lados, mas também tem gente jogando gasolina no fogo.
Pelos meus tempos de vida, estou na obrigação de dizer que continuando assim, não vai terminar bem.
O país tem problemas graves a resolver. Tem que recuperar a economia. Mais uma crise institucional é o que não precisa (e não cabe).
Vejo pessoas de bem bradando por intervenção militar.
Lembro que naquela greve dos caminhoneiros, fui conversar com um grupo que estava num posto em Maracajá. Tinha uma faixa enorme que defendia regime militar já. Fui lá e perguntei se estavam conscientes que num regime militar não estariam ali. Como não estariam nas ruas ontem.
A manifestação de ontem, e dos caminhoneiros, e tantas outras que acontecem, são filhas da democracia. Que tem defeitos, mas que ainda deve ser preservada.
Pensem nisso e vamos em frente!