A lista, é uma das melhores e consagradas de Oswaldo Montenegro.
"Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar"
Trata de uma lista que fala de sentimentos, e paixões.
Uma lista alimentada pelo coração.
Lista que faz bem.
Porque faz bem lembrar de bons amigos, que saíram da sua agenda, da rotina. Mas, continuam amigos
Porque faz bem lembrar de sonhos bons, mesmo que tenha desistido deles ou que eles tenham sido inviabilizados.
Mas, sonhos que foram bons e fizeram bem.
Só que, há listas e listas.
Tem listas que são criminosas, preconceituosas, caluniosas, mentirosas, irresponsáveis.
Tem listas que são montadas para fazer o mal.
Tem listas que são necessárias.
Como a lista das obras inacabadas, paradas, prometidas (e só prometidas), ou travadas apenas, enroladas.
Por aqui, a lista não é pequena.
A pavimentação da SC 108, rodovia Praia Grande - Jacinto Machado, está parada desde dezembro, e sem previsão.
O último trecho do anel viário de Criciúma está andando, mas a passos de tartaruga, e vai parar em seguida porque tem áreas que ainda não foram desapropriadas.
A obra do aeroporto Diomício Freitas está parada.
A obra do anel viário de Cocal está quase parando.
A quarta ponte de Araranguá, Morro dos Conventos - Ilhas, está parada.
A pavimentação da serra do Faxinal está parada.
A obra na Serra do Corvo Branco está parada.
Na br 285, serra da rocinha, a obra está andando, mas o prazo para terminar era junho, e agora já estão falando em dezembro.
O projeto do túnel do Morro dos Cavalos continua na gaveta.
A ponte da ponta da barra, em Laguna, não tem previsão.
O projeto da extensão da Via Rápida, saiu da pauta do governo.
A duplicação da rodovia Paulino Burigo, sc 445, em Içara, não tem nem previsão para o segundo trecho e o primeiro trecho está praticamente parado.
E por aí vai.
E a lista completa tem mais.
Listas e listas.
O importante é saber o que fazer com elas.
Elas vão ficar apenas como registro?
Ou vão estimular a mudança de postura, de práticas e atos?
No caso das obras, até que ponto a região vai ficar com todas elas paradas, trancadas, ou sem previsão?
Até que ponto a lista vai ser apenas uma lista, ou vai servir como provocação quanto a sua capacidade de reação?
Até que ponto a lista pode mobilizar para resolver?