No primeiro round Bolsonaro x Moro, o ex-Ministro se deu bem.
Bolsonaro terminou o dia menor do que começou.
Moro colocou no Jornal Nacional, da Globo, mensagem de wathsap do próprio Presidente dizendo que ainvestigação da Policia Federal sobre deputados bolsonaristas era mais um motivo para troca do comando da PF.
Troca de mensagens feita no dia anterior à reunião que selou o desembaque do ex-Ministro.
De carona, Moro ainda colocou mensagem de uma deputada bolsonarista (que estava ao lado do Presidente no proncunciamento de ontem à tarde), onde ela faz a proposta de trocar a nomeação de um aliado para o comado da PF pela vaga para no STF. Moro respondeu: "não estou a venda".
Detalhe: o ex-Minsitro foi padrinho de casamento da deputada.
Outro detalhe: o nome defendido pela deputada acabou sendo o nomeado pelo Presidente, ontem à noite, para o comando da PF.
Do Presidente, o que ficou de ontem foi um discurso atrapalhado (especialmente na parte do improviso), onde chega ao ponto de falar do filho "pegador" (que "pegou" quase todas as garotas do condomínio e que ele trata como 04) e da sogra que adulterou documento de identidade - "outras fazem plástica no corpo para ficar mais jovem, e a minha sogra fez plástica no documento de identidade".
Ele também tentou desconstruir a imagem de Moro na sociedade, com acusaçoes de vaidoso, ego inflado, ineficiente, oportunista e nem tão sério quanto parece. Não conseguiu.
Ontem, pelo Jornal Nacional, Moro mandou o recado.
E ainda ontem, começou a rodar a apuração do caso no STF, com o ministro decano Celso de Mello já designado relator.
Enfim, para quem gosta de confusão, o cenário está perfeito.
Para o país, ruim.
No meio da pandemia, quando ninguém sabe o que vem pela frente, com a economia cambaleante, uma crise política da maior gravidade era tudo o que não precisávamos.
O que vai dar nisso?
Impossível saber.
Vai depender muito do que ainda tem no arquivo de Moro.
Ou, do que o Presidente pode ter na manga.
Dias tensos vem por ai!