Quando Jorge Boeira pensava em ser candidato a prefeito, principalmente segundo semestre 2019, um dos nomes que estava na sua cabeça para vice era Adão da Rosa.
Porque ele não queria um politico profissional, de histórico de disputas eleitorais. O perfil mais adequado, no seu entendimento, era de um líder comunitário, vinculado aos bairros, que fosse respeitado pelas atividades que desempenha, e que fosse bem relacionado. Adão se encaixava bem em todos os ítens.
Nunca soube se o Boeira chegou a tratar disso com ele, nem se ele tinha tal pretensão.
O que se sabe é que Adão era um homem elegante, na postura e na forma de se apresentar, de bom trato, muito bem relacionado, respeitado, inteligente, envolvido com o movimento negro e com a festa das etnias. Era o presidente da etnia negra e um dos braços do Julio Lopes na festa.
Adão fez sua festa de 70 anos no final de 2019 no Mampituba. No discurso, se vangloriou de chegar aos 70 anos desfilando na Marquês de Sapucari, no Rio (audio está na coluna deo Ney Lopes).
Em fevereiro, ele estava lá, com a familia.
Ele era muito familia.
Uma perda muito sentida.