O senador Aécio Neves, PSDB, mostra que continua com muito poder em Brasília. Nesta quarta-feira, foram percebidos os seus movimentos para não cumprir decisão do STF de afastá-lo do mandato.
O STF determinou também que ele não saia de casa à noite e entregue o passaporte à Justiça.
Ontem, o presidente do Senado, Eunicio de Oliveira, PMDB, anunciou que deve recorrer contra a decisão do STF. Em defesa de Aécio.
O presidente Temer deflagrou operação "salvar Aécio", operando junto ao Senado.
Senadores do PSDB, inclusive ministros, se manifestaram em apoio ao senador mineiro. Acusaram a Suprema Corte de ter cometido excesso.
O próprio Aécio deu entrevista se dizendo "vitima de condenação sem processo".
Por seu turno, os ministros do Supremo anunciaram que cabe ao Senado cumprir o que foi decidido.
Aécio quase foi eleito presidente da república em 2016. Perdeu para Dilma por um "fio de cabelo". Era uma liderança nacional. Mas, seu patrimonio politico-eleitoral esfarelou. Hoje, ele representa um"peso morto" ao seu partido e aliados.
Ele passou de acusador à acusado. Bradou contra a corrupção do PT, mas acabou enrolado em denúncias de corrupção.
Sua rejeição foi às alturas e sua aprovação caiu ao patamar de Temer - em torno de 4%.
Para a eleição de 2018, Aecio deixa de ser "puxador de votos" e passa a ser "tirador de votos".
Na real, o PSDB corre o risco de ter que pagar duas contas em 2018 - a de Aécio e a do governo Temer, pelo apoio/respaldo que tem dado aos dois no Congresso e nas ruas.
Para não ser condenado a pagar pelo degaste de Aecio e Temer, o PSDB precisa descolar dos dois urgentemente. Operação de emergência.