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As repercussões da entrevista do governador

Carlos Moisés falou com exclusividade à Som Maior nesta quarta-feira

Por Adelor Lessa 26/06/2019 - 21:45

Encontrei ontem o governador Carlos Moisés muito seguro, muito firme nas suas considerações. Repercutiu bem a entrevista dele, muitas pessoas bem impressionadas com a postura dele. Ele foi muito claro e objetivo. Mostrei a ele uma foto do último debate que fizemos aqui na Som Maior, o último debate da campanha, ele veio muito ruim, pediu água, estava com tosse e garganta ruim. Ele afirmou que ali teve certeza que ganharia a eleição.

Antes da entrevista, para ver como ele estava em outro clima, de bom astral, acabamos falando dos tempos em que ele era sonoplasta de uma rádio em Florianópolis e eu era operador de áudio em uma rádio em Araranguá. Em outros tempos, hoje com a informatização o operador de áudio tem outra condição.

Enfim, a entrevista gravada que vai ao ar no sábado, estará também transcrita no Tribuna de Notícias do sábado, mostrou um governador com planos, projetos, decidido a cortar o máximo possível e projetando investimentos, e preparado para que 2020 seja o ano de início de investimentos do governo. A entrevista mostra também um governador decidido a fazer política, a interferir nas eleições do ano que vem e candidato a reeleição. Só se acontecer um tsunami no meio do caminho. Ele confirmou também que pretende ajudar a fazer os prefeitos das 30 maiores cidades do estado. O candidato dele em Criciúma é o Daniel Freitas, que já conversou com o governador sobre isso e terão nova conversa na sexta-feira. Ele já está liberado pelo governador a tratar disso em Criciúma.

Moisés falou do porto de Laguna, onde está tudo pronto para operar como porto pesqueiro, e não opera por falta de vontade. Ele disse fora do ar parecer que era interesse de alguém que ele não operasse. Quer fazer funcionar o porto de Laguna, ampliar o aeroporto de Jaguaruna e trazer empresas para a região, de que o sul precisa de um olhar diferenciado. Foi bom ouvir o governador com esta visão muito clara. Bombeiro já tem que ter uma tranquilidade, ser mais calmo e seguro, e ainda ele é especialista em pesca submarina. Ele fica seis minutos debaixo d´água. É um sujeito naturalmente calmo, agora ele raciocina muito, pensa muito, está focado nessas questões.

O Moisés está começando o governo, não tem experiência de gestão, mas vi lá que ele tem projeto e o sul terá tratamento diferenciado. Com relação ao prefeito Salvaro, o entorno do governador diz isso, ele está na lista dos que não estarão com o governo, dos que estão do outro lado da rua. Não acredito que isso vá prejudicar a cidade, mas que um não estará no palanque do outro, é fato consumado. O governador entende que o Salvaro já veio com essa visão depois da eleição, talvez imaginando um governo mais fragilizado, por isso jogou duro no início já com interesse político vislumbrando o Moisés como adversário em 2022, por isso na opinião do governador o Salvaro atravessou a curva no início. O Salvaro, na questão Casan, tem dito que o objetivo é baixar a tarifa, mas o governador disse que a conversa entre eles azedou de vez. Vai ser difícil recompor. Ou o Salvaro rompe de vez, agora não terá mais espaço de negociação, ou terá que se submeter ao padrão anterior sem contar com aquele percentual maior de receita. O que é improvável. Pelo que entendi do governador, Moisés colocou Salvaro no caminho do rompimento com a Casan. Vai ter desdobramento jurídico e político.

 

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