O presidente Bolsonaro adotou uma postura que pode lhe render sérios prejuízos se aumentar consideravelmente os números de contaminados e mortos pelo coronavirus no país.
Se os técnicos, médicos e estudiosos estiverem corretos, e a curva aumentar exatamente a partir de agora, quanto mais Bolsonaro for seguido, maior o seu risco.
No estado, o governador Moisés sinalizou um recuo nas medidas restritivas, mas enfrentou uma reação forte da sociedade, e ontem ensaiou um retorno ao que estava estabelecido.
Enquanto isso, o prefeito da Capital, Gean Loureiro, se adiantou e, contrariando a flexbilização anunciada por Moisés, esticou a quarentena, o isolamento, por mais sete dias. Pelo menos até o dia 8 de abril.
Moisés estava sendo referência nacional pela postura ousada, arrojada. Mas, não resistiu à pressão do setor produtivo. Agora, está na encruzilhada. Se seguir com as restrições, corre o risco de ser atropelado. Se flexibilizar, e explodir os números, pode pagar caro por isso.
Mas, todos agindo muito por achismo, projeções, e teses, porque há histórico da doença no estado e no país que possa servir de referência.
E para aquecer o debate, tem o "mea culpa" do prefeito de Milão, que assumiu que foi um erro ter relaxado nas regras de isolamento, e deu no que deu. Uma tragédia.
E assim começa o sábado.