Na primeira manifestação depois da eleição de domingo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) falou por apenas dois minutos, mas mandou recados importantes.
O mais importante deles foi para os manifestantes que estão bloqueando rodovias pelo país afora (inclusive na região).
Ele passou um recado claro pelo fim do movimento:
"Manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas nossos métodos não podem ser iguais aos da esquerda que prejudicaram a população. Nós devemos respeitar o direito de ir e vir".
Além disso, ele falou como líder da oposição ao dizer que é um orgulho representar os milhões de eleitores que votaram nele (mais de 50 milhões).
Falou também em injustiça, disse que os adversários não seguiram as regras, mas não fez qualquer menção à possibilidade de fraude, irregularidade, nem questionamento às urnas eletrônicas, ou possibilidade de recurso contra o resultado.
O discurso passou longe do que estavam propalando nos grupos bolsonaristas, onde abundam as teses de golpe.
Foi curto, mas apropriado para o momernto.
É evidente que poderia (ou deveria) ter sido feito no domingo à noite, ou segunda-feira pela manhã.
Mas, está feito. É o que importa.
Para completar, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, se dizendo "autorizado pelo Presidente", anunciou o início do processo de transição com a equipe de Lula, que terá como coordenador geral o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin.
Ouça o comentário de Adelor Lessa no Ponto Final desta terça-feira (1°):