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Bolsonaro libera a transição e defende o direito de ir e vir

Presidente agradeceu votos e não falou em fraude ou irregularidade

Por Adelor Lessa 01/11/2022 - 17:31 Atualizado em 01/11/2022 - 18:34

Na primeira manifestação depois da eleição de domingo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) falou por apenas dois minutos, mas mandou recados importantes.

O mais importante deles foi para os manifestantes que estão bloqueando rodovias pelo país afora (inclusive na região).

Ele passou um recado claro pelo fim do movimento:

"Manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas nossos métodos não podem ser iguais aos da esquerda que prejudicaram a população. Nós devemos respeitar o direito de ir e vir".

Além disso, ele falou como líder da oposição ao dizer que é um orgulho representar os milhões de eleitores que votaram nele (mais de 50 milhões).

Falou também em injustiça, disse que os adversários não seguiram as regras, mas não fez qualquer menção à possibilidade de fraude, irregularidade, nem questionamento às urnas eletrônicas, ou possibilidade de recurso contra o resultado.

O discurso passou longe do que estavam propalando nos grupos bolsonaristas, onde abundam as teses de golpe.

Foi curto, mas apropriado para o momernto. 

É evidente que poderia (ou deveria) ter sido feito no domingo à noite, ou segunda-feira pela manhã.

Mas, está feito. É o que importa.

Para completar, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, se dizendo "autorizado pelo Presidente", anunciou o início do processo de transição com a equipe de Lula, que terá como coordenador geral o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin.  

Ouça o comentário de Adelor Lessa no Ponto Final desta terça-feira (1°): 

 

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