O presidente Jair Bolsonaro criou o fato político do dia ao decidir que vai sair do PSL. Cabe lembrar que, antes de Bolsonaro, o PSL não existia praticamente, e que existiu depois de Bolsonaro aparecer. Lembro do PRN, que nada era antes de Collor de Mello, daí virou um partido conhecido pois era o partido do presidente. É o caso do PSL. Não sabemos das circunstâncias para a saída do presidente do PSL, mas o que vai produzir de desdobramentos?
Há pouco, soube que os deputados Felipe Estevão, Ana Campagnolo e Sargento Lima conversaram no plenário da Alesc dizendo que são Bolsonaro, antes de tudo. O deputado Jessé Lopes, que não estava nessa conversa, é Bolsonaro antes de tudo. O PSL foi caminho cartorial para eles participarem do processo. O governador Comandante Moisés já deu sinais de que é PSL, e se Bolsonaro fizer o movimento de saída, ele não vai. Quem vai seguir Bolsonaro se afastando de Moisés? Ou quem vai se afastar de Bolsonaro e ficar com Moisés? Governador corre o risco de ficar com minoria, que a maioria siga o caminho de Bolsonaro. A grande maioria tem a consciência que foram eleitos pela onda Bolsonaro. Estará criado um grande fato, uma circunstância política importante de desdobramentos sérios, que poderá dar novo alinhamento político ao Estado e ao País.