O prefeito Clésio Salvaro (PSD) precisa esquecer de Jair Bolsonaro (PL) em se tratando de eleição de outubro.
Bolsonaro é do PL, partido do governador Jorginho Mello, que é presidente estadual do PL.
Além disso, Jorginho é o governador mais alinhado com Bolsonaro.
Jorginho levou Ricardo Guidi para o PL para ser candidato a prefeito. Operação pessoal.
Bolsonaro já anunciou que fará campanha nas cidades e para apoiar os candidato que Jorginho indicar.
Então, só tem uma condição para Bolsonaro estar com Clésio na eleição de outubro. Se Clésio e Jorginho estiverem com o mesmo candidato.
Como isso é pelo menos improvável, nas circunstâncias apresentadas hoje, Clésio precisa esquecer de Bolsonaro em se tratando de eleição.
Bolsonaro virá a Criciúma para apoiar o candidato de Jorginho. Dúvida zero quanto a isso.
Não adianta levar Arleu no comício da Paulista, nem Vaguinho na audiência em Brasília.
Encontro em Brasília, e convite para Bolsonaro visitar Criciuma, vai dar curtidas, alimentar especulações (e fofocas). Mas, efeito na campanha e na "produção" eleitoral, nada.
Só atrapalha o seu candidato, porque desvia o foco, e aumenta a importância do apoio de Bolsonaro para o adversário (Guidi).
O melhor que cabe a Clésio fazer é apostar no "localismo".
Trazer a eleição para o âmbito municipal, e tentar blindar de "interferências externas".
Em casa, Clésio tem força, é uma espécie de "Bolsonaro municipal" e, se trabalhar bem, com humildade e inteligência, pode robustecer o seu candidato.
Simples não é. Mas, impossível também não. E parece ser a única via.