De tudo que já veio a público a respeito da crise no PSL catarinese, fica evidente, primeiro, que o presidente estadual do partido, Lucas Esmeraldino, precisa conversar mais com os seus "liderados".
Depois, chama a atenção uma crise tão aguda poucos dias depois da posse do governador do partido, dois meses depois da eleição em que o partido foi a grande surpresa no estado.
O que acontece é uma briga pelo comando do partido no estado, liderada por deputados federais eleitos. Mas isso acontece direto pela midia, sem um processo de discussão, de questionamenos, enfrentamentos e disputas "dentro de casa".
As roupas sujas foram colocadas direto para lavação em público.
O PSL catarinense é um partido muito novo, construído praticamente de forma solitária por Lucas Esmeraldino em 2018, correndo o estado, para ter condições de disputar o pleito.
Mas é um partido a ser consolidado. Por enquanto, o seu sucesso nas urnas ainda pode ser creditado à "onda do 17", a onda de Bolsonaro.
Não será consolidado, no entanto, desta forma. Com brigas em público pelo poder.
Há questões muitos mais importante que merecem o empenho e esforço dos novos deputados, do que a briga pelo comando do partido.
Até porque, o mandato de Esmeraldino no comando do partido tem prazo. Que se preparem para disputar a convenção.
Ou, se o descontentamento for majoritário, e a decisão de mudar for da maioria, é só convocar uma convenção extraordinária e fazer a mudança. Sem o desgaste que está posto.
E o estatuto partidário tem regras para tal encaminhamento.
Enfim, cautela e caldo de galinha nunca é demais!