A vice-governadora Daniela Reinehr, sem partido, so deve falar depois da posse como governadora, amanhã.
Mas, continua trabalhando forte nos bastidores para montagem do novo secretariado e garantir maioria na Assembléia Legislativa, o que lhe permitirá estabilidade politica para governar.
O afastamento do cargo do governador Carlos Moisés, PSL, para julgamento em processo de impeachment pela operação dos r$ 33 milhões, foi decidido na sexta-feira, depois das 23h. No sábado pela manhã, começaram a reuniões de Daniela com politicos e aliados.
Os ex-deputados Gelson Merisio e Paulinho Bornhausen são os mais envolvidos nas articulações para montagem da equipe de Daniela e formação de base aliada na Assembléia.
O senador Jorginho Mello também está no processo. Hoje, ele vai tratar do assunto com o Presidente Bolsonaro e quarta-feira se reunirá com Daniela.
O sul do estado deverá ter secretário na equipe de Daniela.
O primeiro nome citado é do ex-deputado do sul Leodegar Tiscoski, PP, pode ser secretário de infraestrutura.
Mas, também é especulado que o deputado Laércio Schuster, PSB, pode ser o secretário de infraestrutura. Ele deu o voto no Tribunal Especial que sacramentou o afastamento de Moisés.
Neste caso, se Schuster for secretário, Cleiton Salvaro assumirá como deputado, porque ficou primeiro suplente do PSB na eleição de 2018.
O deputado criciumense Luiz Fernando Vampiro, atual secretário de educação, teria reunião ontem à noite com a bancada do MDB para decidir se continua no cargo ou encaminha pedido de demissão.
O secretário da fazenda, Paulo Eli, deve continuar no cargo.
A deputada Carmem Zanotto, CIDADANIA, pode ser convidada para assumir a secretaria de saúde. Ela é indicação do senador Jorginho Mello, PL.
O deputado Altair Silva, PP, pode continuar no comando na secretria da agricultura.
A articulação em curso para garantir maioria na Assembléia para o governo de Daniela tenta confirmar PL, PP, PSB, PSDB, PRB, parte do PSD e quase todos do PSL (ala bolsonarista).
A advogada Karina Kuffa, de Brasília, ligada ao Presidente Bolsonaro e seus filhos, está em Santa Catarina desde a semana passada acompanhando a vice-governadora Daniela nas movimentações finais para o julgmamento do Tribunal Especial e para monitorar articulações pela montagem da nova equipe.
A posse de Daniela na terça-feira foi anunciada no encerramento da sessão do Tribunal Especial pelo desembargador-presidente Ricardo Roesler.
O primeiro secretário a entregar cargo foi Eron Giordani, chefe da Casa Civil. Pediu demissão ainda na sexta-feira à noite, logo depois da sessão do Tribunal.
O governador Moisés deve dar entrevista coletiva hoje à tarde.
Ele foi afastado do cargo pela segunda vez em cinco meses, mas em condições bem diferentes.
Na primeira vez, em outubro de 2020, foi por causa do aumento dado aos procuradores do estado, e por maioria dada no Tribunal Especial por votos dos deputados. Decisão política.
Desta vez, foi afastado pelo rombo de r$ 33 milhões, pagamento adiantado por respiradores que nunca chegaram ao estado, por decisão dos desembargadores.
Todos votaram contra o Governador e mais um deputado (Laercio Schuster,PSB).
Os votos dos desembargadores foram técnicos e contundentes no enquadramento do Governador por crime de responsabilidade.
Os desembargadores não afastaram Moisés por entender que ele tenha feito operação dos r$ 33 milhões, mas porque tinha conhecimento de tudo, tratou do assunto e poderia ter evitado.