O desgaste produzido aos prefeitos pelo decreto que mandou fechar supermercados e restaurantes aos domingos provocou um grave "ruído" na Amrec. Que pode levar à desdobramentos.
Em resumo, os prefeitos entraram numa fria.
Primeiro, porque o tal decreto dividiu.
De cara, Clesio Salvaro, de Criciúma, não assinou. Pulou fora e saiu "atirando".
Depois, Gustavo Cancelier, de Urussanga, e Rogério Frigo, de Nova Veneza.
Os prefeitos fizeram uma "gambiarra" no decreto, mas mantiveram supermercados e restaurantes fechados no domingo e segunda-feira pela manhã.
Levaram invertidas da Justiça, que mandou liberar funcionamento tanto no dmingo, quanto na segunda pela manhã.
O prefeito Helio Cesa, de Siderópolis, baixou decreto no final da tarde, seguindo a orientação judicial.
E ele foi além. Deixou exposta a fratura interna.
Reconheceu que o decreto aprovado na Amrec foi um equívoco, que acabou gerando uma confusão de decretos, e arrematou: "quiseram ser mais realistas que o rei".
O decreto fez água porque foi baseado numa analise equívocada. Fechar supermercados no fim de semana não diminui a possibilidade de aglomeração. Ao contrário.
Isso nunca foi sugerido (nem pensado) pelos técnicos da área da saúde, nem pelo conselho de secretários municipais de saúde. Porque não faz sentido.
Foi dito quando saiu o decreto que seria um tiro n'água. E foi.
O que dá mais resultado é intensificar fiscalização e aplicar multas em quem não cumprir o que já estava valendo.
Mas, isso não interessa aqueles que só pensam voto e eleição.