Se fosse liberada hoje a volta ao trabalho de todos os setores da economia, e a vida voltasse à normalidade, estaria tudo resolvido para comerciantes, pequenos, médios e grandes empresários? A "crise dos boletos" estaria superada? Todos os boletos seriam pagos, sem problemas?
Claro que não!
As empresas ja não receberam, e não faturaram.
Se o comércio abrisse hoje, teria clientes?
A produção, de quase todas as empresas, parou. Vai demorar para "religar a máquina" e colocar de novo o trem no trilho.
Voltar, vai voltar daqui a pouco. Mais uma semana, é o previsto.
Mas, a conversa hoje não tem que ser por aí, porque o retorno das atividades por só só não resolve a crise que já está instalada no setor produtivo.
O foco tem que ser no encaminhamento de gestões efetivas, e movimento de pressão, nos governos federal e estadual para efetivamente dar apoio às empresas agora, já.
No governo do estado, por exemplo, para suspender cobrança de ICMS, ou abrir novos prazos, e liberar os créditos.
Para que o Badesc trate a situação como emergencial, que requer regras diferenciadas. Não adianta anunciar crédito, e fazer as mesmas exigências de quando estávamos em situação de normalidade.
No governo federal, para que sejam regulamentadas "para ontem" as linhas de créditos anunciadas, e a liberação de recursos para pagamento da folha.
Que o governo federal pare de cobrar impostos por um tempo, e crie novos prazos de parcelamento de débitos.
É por aí o caminho. É isso que interessa às empresas!
O que não adianta agora é ficar deputado que não gosta do Governador, ou é adversário político, ficar espalhando audio para questionar as medidas adotadas, e da mesma forma os que não gostam do Presidente. Isso não resolve. Isso é aproveitar da crise para fazer briga politica. Não interessa ao pagador de impostos.
É hora de deputados e todos os politicos, e associações representivas, todos juntos, atuar no governo do estado e no governo federal para dar apoio de fato as empresas. Porque a crise do boleto já está aí e precisa ser estancada urgentemente, antes mesmo da reotmada das atividades.