Tenho falado tanto de política, mas hoje, Gal Costa e Rolando Boldrin, eu conheço, acompanho e gosto dos dois. São estilos completamente diferentes.
Gosto dos dois desde que eu trabalhava na Rádio Araranguá, na década de 90.
Dois estilos completamente diferentes, mas dois cantores muito competentes e qualificados, que têm exércitos de fiéis.
A Gal, nossa, tem uma história na Música Popular Brasileira (MPB), junto com Gil, Caetano, Os Baianos todos.
O Boldrin tem um estilo meio do campo, não é sertanejo, mas é meio campo, gostoso de ouvir.
Os dois, muito inteligentes. Representam gerações de um outro tempo. São dois modelos que não temos mais: Rolando Boldrin, não temos; Gal Costa, também.
Semelhantes, mas iguais, não têm.
Nem quero falar de política. Eu era apenas fã dos dois, mas sinto pela perda. A nossa música perde muito. Eram duas ótimas referências.
A última vez que eu vi a Gal, foi em um show em Porto Alegre. Estava a Gal, o Gil e o Nando Reis. Um show maravilhoso. Uma energia juvenil.
Ela solta, com aquela voz que é única. É um negócio impressionante.
Rolando Boldrin, faz tempo que eu não ia a um show dele, mas ele tinha um programa na televisão consagrado.
Duas perdas. E em um dia como hoje, em que a gente perde dois monstros da música brasileira no mesmo dia, a gente dá um tempo para tudo. E fica falando só disso.
De política, da pauta normal, a gente fala amanhã.
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