Numa palestra para universitários da Unibave, em Orleans, Eduardo Moreira falou pela primeira vez em público o que parece estar acertado nos bastidores. Raimundo Colombo renunciará no início de 2018 e ele assumirá como governador efetivo para o restante do ano.
Ele disse textualmente: "Política a gente faz com compromissos e o governador Raimundo Colombo deve renunciar no inicio do próximo ano e eu devo assumir o governo do estado mais uma vez”.
Lembrou que já foi governador por nove meses em 2006, quando era vice de Luiz Henrique da Silveira, que renunciou para ser candidato ao senado.
Raimundo deve renunciar também para disputar o senado. Pelo menos é o que esta encaminhado.
Em principio, os dois devem conceder uma entrevista coletiva no inicio de dezembro para anunciar a data da transição.
No PSD, partido de Colombo, há divergências sobre da data da renuncia. O deputado Gelson Merisio, presidente do partido, tem dito que o governador pode até não renunciar (e não disputar a eleição). Mas, se renunciar, garante que será no ultimo dia do prazo, que é inicio de abril.
De outro lado, políticos próximos de Colombo tem sustentado a tese que a transição deve ser feita de forma pacífica. Para isso, negociada. Por isso, a renuncia no inicio do ano.
A negociação que está em curso nos bastidores sobre a transição no comando politico do estado acaba reabrindo a possibilidade de repetição da aliança entre PMDB e PSD para 2018.
A candidatura a governador de Udo Dohler, PMDB, prefeito de Joinville, seria o nome já admitido por setores do PSD para repetir a aliança.
Tem que cortar
Na palestra que fez na Unibave, Eduardo Moreira criticou o volume de recursos da receita do estado que tem que ser repassado automaticamente para os demais poderes - judiciário, legislativo, ministério publico.
Ele disse: “A receita do estado é hoje em torno de r$ 24 bilhões/ano, e o maior percentual de repasse é para os outros poderes - mais de r$ 5 bilhões/ano. Isso é mais que o dobro do que é repassado no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. É dinheiro que faz falta na saúde, na segurança pública e na educação. Isso tem que mudar. É preciso diminuir este percentual”.