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Eleição geral em 2022?

Por Adelor Lessa 21/04/2020 - 17:19 Atualizado em 21/04/2020 - 18:09

Em 1976, Altair Guidi, arquiteto, estreante nas urnas, foi eleito prefeito de Criciúma para cumprir mandato de quatro anos.

Acabou ficando seis anos no cargo porque o governo federal, ainda sob comando dos militares, determinou a prorrogação dos mandatos dos prefeitos e vereadores, para fazer a coincidências das eleições em 1982.

Na época, o partido que dava sustentação ao regime militar tinha o comando do maior número de prefeitos e vereadores, mas a oposição crescia no Congresso Nacional.

Então, os pensadores políticos do governo tiveram a idéia de fazer a vinculação do voto.

Altair, então, ganhou mais dois anos e algumas das grandes obras do seu primeiro mandato como prefeito foram feitas naquele período.

Em 1982, o eleitor teve que votar em politicos do mesmo partido - vereador, prefeito, deputado estadual, deputado federal, senador e governador.

 Ainda não tinha eleição para Presidente.

José Hülse foi eleito prefeito de Criciúma e Esperidião Amin governador do estado. Adversários políticos, mas que tinham algo em comum.

Os dois venceram por poucos votos.

Na eleição seguinte, foi desfeita a vinculação.

Deputado estadual, deputado federal, senador e governador continuaram com mandato de quatro anos, e nova eleição foi em 1986.

Prefeitos e vereadores também tiveram mandato alongado em mais dois anos, ficando a eleição para 1988.

A proposito, Altair voltou a ser eleito prefeito de novo em 1988.

Agora, por motivação bem diferente, volta a ser discutida a possibilidade de adiamento da eleição de outubro deste ano, o que representaria prorrogação dos atuais mandatos de prefeitos e vereadores.

Falam em adiar por alguns dias (de outubro para novembro), ou meses (para janeiro ou março de 2021), ou levar para 2022.

Neste caso, remarcando para 2022, teríamos eleição geral no país. De vereador e Presidente.

A FACISC (Federação de associações empresariais do estado) está levantando a bandeira de adiamento da eleição.

O argumento parece lúcido. Como fazer eleição com o país mergulhado numa grave que foi de fora?

Sem clima para falar de eleição.

Além disso, fazer eleição envolve mais de r$ 10 bilhões, só com a movimentação da justiça eleitoral. Sem contar o fundo partidário, que envolve mais de r$ 3 bilhões.

Com é que os políticos vão pedir votos para uma massa de desempregados, com tudo isso sendo usado para fazer eleição?

Se a crise não for controlada em curto espaço de tempo, fazer eleição em outubro vai ser complicado.

E se tiver eleição, o resultado tende a ser imprevisível, com forte tendência de nova onda de voto de protesto. A saber, para que lado!

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