Para o mesmo caso, decisões distintas.
Enquanto o governador de Santa Catarina começou a desfazer a quarentena, de modo gradual, o de São Paulo esticou por mais 15 dias.
Governador João Dória acaba de anunciar em entrevista coletiva que vai manter tudo fechado no estado "motor" do país pelo menos até o dia 22.
Carlos Moisés liberou hoje os autônomis e deu sinais que o comércio pode reabrir as portas e os ônibus voltar a circular na quarta-feira, dia 8.
Parece óbvio que os dois não estão tomando a melhor decisão.
Os dois, sofrem pressões absurdas. Isso é natural do cargo que ocupam. Ainda mais numa crise tão séria.
Não resta dúvida alguma que os dois estão preocupados com a economia, com as empresas, com os empregos.
Diferente de Moisés, Dória ainda é empresário. Conhece muito bem o sentimento do setor produtivo.
Moisés é servidor público aposentado.
Os dois estão assessorados por técnicos altamente gabaritados. Tem todas as informações à disposição.
Mas, na hora de bater o martelo, e decidir, eles estão tomando caminhos diferentes.
Dória segue o indicativo do mundo. Não quer repetir o prefeito de Milão.
Moisés vai pelo sentimento do seu entorno, cedendo aos movimentos de pressão mais fortes, e mais poderosos.
Certo ou errado, o tempo vai responder. E para cada decisão, uma conseqüência.