Eu assino a carta produzida pela faculdade de Direito da Universidade de São Paulo em defesa do Estado Democrático de Direito sempre e que está rodando o país.
Porque penso que os brasileiros precisam tratar disso e fazer coro à preservação do Estado Democrático de Direito.
A carta será lida formal e oficialmente em ato na sede da Faculdade de Direito da USP, no Centro de São Paulo, em 11 de agosto.
Porque, neste dia, em 11 agosto de 1977, teve um ato histórico no mesmo local com a leitura de manifesto pelo fim da ditadura, pelo restabelecimento da democracia no país.
Em 24h, o número de assinaturas na carta passou de três mil para 100 mil.
Alguns catarinenses, como o presidente do Tribunal de Contas do Estado e dois criciumenses: o procurador da República, Fábio de Oliveira e o ex-desembargador e advogado, Jorge Maurique.
Pelo país, alguns dos maiores empresários, como
Walter Schalka, presidente da Suzano; Roberto Setúbal, ex-presidente do Banco Itaú; Natália Dias, CEO da Standard Bank;
Pedro Moreira Salles, presidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco; Tarcila Ursini, conselheira de Administração da EB Capital.
A mostrar que a adesão ao manifesto vai muito além, mas muito além de disputa eleitoral ou de convicção política e ideológica.
É um manifesto pelo país, com signatários de várias tendências e convicções, com um ponto em comum - a defesa da democracia.
E eu assinaria a carta, que destaca:
"Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o Estado Democrático de Direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira”.
"Nos próximos dias, em meio a estes desafios, teremos o início da campanha eleitoral para a renovação dos mandatos dos legislativos e executivos estaduais e federais. Neste momento, deveríamos ter o ápice da democracia com a disputa entre os vários projetos políticos visando convencer o eleitorado da melhor proposta para os rumos do país nos próximos anos.”
"Ao invés de uma festa cívica, estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições",
“Nossas eleições com o processo eletrônico de apuração têm servido de exemplo no mundo. Tivemos várias alternâncias de poder com respeito aos resultados das urnas e transição republicana de governo. As urnas eletrônicas revelaram-se seguras e confiáveis, assim como a Justiça Eleitoral”.
E segue nesta linha, a carta da Faculdade de Direito de São Paulo, em defesa do Estado Democrático de Direito sempre.
Recomendo a leitura.
Porque é preciso estar na sintonia do que está acontecendo, independente de voto aqui ou ali, para este ou aquele.
Porque antes de qualquer um deles, e de todos eles, o mais importante é a estabilidade, a democracia e a liberdade.
Ouça o editorial completo: