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Fim da Guarnição Reforçada

Editorial desta terça-feira (9)

Por Adelor Lessa 09/08/2022 - 07:37 Atualizado em 09/08/2022 - 08:16

Faz poucos dias, a Polícia Militar foi recebida a tiros quando tentava entrar em um bairro de Criciúma, numa região considerada delicada, campo minado, com forte presença e movimentação da criminalidade.

O fato acendeu mais um sinal sobre a necessidade de reforçar o aparato policial da cidade.

Mais um sinal, porque outros tantos foram emitidos e por isso as entidades organizadas, lideradas pela associação empresarial, incluíram, entre as pautas da cidade, a necessidade de reforço do efetivo policial e investimento em equipamentos e tecnologia.

A Câmara de Vereadores encampou o assunto, se mexeu, fez investidas com audiências sobre o assunto.

Deputados da região falaram sobre o assunto na Assembleia e trataram com autoridades.

Era esperado então que algo fosse feito para atender a cidade.

Mas, a notícia que vem é no sentido contrário.

Vai ser desativada, desmobilizada, a guarnição reforçada, grupo criado pela Polícia Militar em 2018 para fazer patrulhamento em áreas de vulnerabilidade.

A guarnição reforçada é identificada como GR9 e conta com seis policiais, divididos em dois grupos de três.

Tem sido, faz quatro anos, importante aliado no combate à criminalidade na cidade.

É o grupo que entra nas áreas de risco, onde tem presença mais forte da criminalidade, e faz a repressão qualificada.

Nestas áreas, a Polícia Militar simplesmente não entrava antes da GR9.

E agora, no momento em que a cidade está mobilizada para o Governo do Estado viabilizar um reforço do efetivo da polícia, vão desmobilizar o grupo que faz o enfrentamento a chamada elite da criminalidade?

Sem a guarnição reforçada, a GR9, tende a voltar aos altos índices de criminalidade.

E o medo?

Em tempo de campanha eleitoral, com os políticos que têm mandato, e por isso poder de influência para resolver, é preciso que o assunto seja colocado à mesa.

Que passe a ser tratado com todos eles.

Se um não conseguir resolver sozinho, que se juntem todos os deputados da cidade e da região.

Que se juntem os prefeitos.

E mais as entidades representativas.

Porque o cidadão pagador de impostos espera, e merece, que os problemas sejam resolvidos, que as coisas avancem, olhar pra frente, sem retrocessos.

Nada de ressuscitar problemas velhos.

O que está resolvido, tem que estar resolvido.

Ouça o editorial completo:

 

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