Parlamentares líderes das bancadas dos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande Sul, além de representantes do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, o BRDE, participaram nesta quarta-feira, 18, em Brasília, de uma reunião apartidária para tratar da criação de Um Fundo de Investimentos.
Eduardo Moreira, ex-governador e diretor do BRDE, e deputado federal Carlos Chiodini (MDB) particiuparam da reunião.
A proposta trata de uma frente ampla de trabalho integrado para criar um Fundo Constitucional para a Região Sul, o FUNDO SUL.
“Estamos reativando uma luta muito antiga e eu estou muito otimista com este trabalho. Ele é capitalizado com uma parte do que nós pagamos de impostos federais, como IPI e IR. Uma parte desse valor seria enviada para o Fundo, administrado pelo BRDE, inicialmente algo em torno de R$ 04 bilhões por ano, para os três estados. Esse valor seria utilizado para financiar aplicações de investimentos no setor privado, como expansão de empresas, projetos novos e também para infraestrutura no setor público com foco nas regiões menos desenvolvidas e com menor IDH desses estados”, explica o deputado Carlos Chiodini.
Para fazer o que o deputado chamou de correção histórica, será necessário apresentar uma PEC, uma Proposta de Emenda à Constituição, que já conta com o apoio das bancadas dos três estados do Sul na Câmara Federal.
“Hoje as pessoas em Brasília olham pra gente como o Sul sendo uma região rica do país. Realmente tem regiões muito pujantes, mas cidades próximas acabam se tornando deprimidas economicamente. São essas distorções que nós precisamos consertar, e eu creio que o Fundo Constitucional dará mais vigor a novos investimentos na nossa indústria, comércio e tornará o Sul do Brasil mais competitivo”, explica.
Para se ter uma ideia, os três estados do Sul juntos representam 17,9% da produção brasileira, 17,7% do PIB e são responsáveis por 18,41% das exportações e 14,4% da arrecadação nacional, mas estamos carentes de investimentos federais em infraestrutura o que impede o desenvolvimento econômico. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, já são contempladas com essa destinação e recebem para os fundos constitucionais, 3% do produto da arrecadação do IPI e do IR. Deste total, cabe ao Norte (FNO) 0,6%, ao Centro-Oeste (FCO) 0,6% e ao Nordeste (FNE) 1,8% e o Fundo Sul seguiria os mesmos moldes.