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Clesio Salvaro se fez um dos principais politicos da história de Criciúma.
Foi eleito prefeito três vezes, nas duas últimas com mais de 70% dos votos válidos.
Consolidou uma liderança reconhecida e respeitada em todos os grupos e ambientes, e passou a ter controle político absoluto, com 13 vereadores (de um total de 17 na Câmara) na sua base de apoio na Câmara Municipal.
Antes de prefeito, foi três vezes deputados estadual.
Mesmo assim, ele está com dificuldades para dar sustentação politica à campanha do seu candidato à sucessão, Arleu da Silveira.
O processo acabou fazendo a lista de "desamigos" de Salvaro. Aliados de ontem, que se afastaram e não migraram para a campanha de Arleu.
A lista inclui, entre outros, o ex-secretário de saúde, Acélio Casagrande, o vice-prefeito Ricardo Fabris, vereador Nicola Martins, ex-diretor da secretaria de infraestrutura, Verceli Coral, e o ex-vereador Dailto Feuzer.
Todos estes estão "matriculados" na campanha à prefeito do deputado federal Ricardo Guidi.
Os mais novos integrantes da lista são o ex-vereador Edson Aurelio, ex-diretor de uma unidade de saúde, e a ex-diretora da Afasc, Gladis Salvalaio.
Edson anunciou na segunda-feira que havia solicitado exoneração da Prefeitura. Dois dias depois, comunicou que está apoiando Guidi.
Ele estava na lista de candidatos a vereador do PSDB.
Entre todos, no entanto, o nome que parece mais impactante na lista é o de Gladis.
Liderança comunitária muito ativa, com atuação forte e permanente nos bairros, ela trabalhava na Afasc e estava listada como candidata a vereadora. Mas, acabou sendo retirada da lista na última hora.
Pediu demissão da Afasc, está fora das articulações em favor de Arleu e se afastou do prefeito Clesio. Não conversou com ele desde que saiu da Afasc.
Ela não está na campanha de Guidi, mas já se reuniu com ele.
"Agora vou parar, repensar e tomar uma decisão", disse.
E a lista de "desamigos" continua crescendo, com ex-comissionados da prefeitura e lideranças de bairros.
Na Câmara Municipal, no novo contexto politico, o prefeito viu sua base de apoio reduzir para 7 vereadores, que é minoria no plenário. A rigor, não tem votos para aprovar nenhum projeto.
É o ambiente político mais dificil para Salvaro, desde que assumiu pela primeira vez a prefeitura, em 2009.
