O caldeirão está fervendo em Urussanga. A votação de ontem à noite do pedido da comunidade formalizado por dois eleitores de uma comissão processante para discutir cassação do prefeito Gustavo Cancellier, que está afastado.
Precisava dois terços dos vereadores, ou seja seis. Teve cinco e foi arquivado. A partir daí explodiu uma crise política com desdobramentos fortes.
Foram articulações intensas nos últimos dias. O prefeito afastado articulou forte nos bastidores e teve um racha no seu partido, o Progressistas.
Chamou atenção a entrevista do empresário Geraldo Fornasa na Rádio Marconi que foi bombástica.
O Geraldo anunciou a sua desfiliação do partido que ajudou a fundar. Chamou o Gustavo de vagabundo. Falou em quadrilha, corrupção, roubo. Usou termos fortes.
Isso vai produzir desdobramentos. O presidente da executiva anunciou a renúncia e desfiliação. Depois da sessão, vereadores do PP, mais a executiva do partido, se encontraram com Gustavo na casa da mãe dele. Uma reunião comemorativa. Bateram foto, sorridentes, comemorando a vitória. Uma vitória do prefeito.
Amanhã haverá julgamento do TRF para que ele reassuma. O argumento de seus advogados é que ele foi afastado para não atrapalhar nas investigações, como as investigações terminaram, não haveria motivo para permanecer afastado. O TRF vota amanhã e tem a tendência de autorizar que ele reassuma, mas reassume fragilizado, porém com maioria na Câmara, comprovada ontem.
Se reassumir assume rompido com o seu vice, porque o seu partido, o PSD, votou a favor da abertura da comissão processante.