Depois de tanto tempo de estrada, quatro décadas de profissão, tenho que ter compromisso é com a minha consciência, ser honesto com as pessoas e firme nas convicções.
Não me admito mais com receio de me posicionar, mesmo que não seja na sintonia da onda do momento.
O que mais quero é contribuir de alguma forma para ajudar a fazer que o mundo onde vivemos seja melhor para os filhos e netos.
Por tudo isso, externo minha angustia com o momento que vivemos.
Momento conturbado, confuso, de intensa agitação e, principalmente, sem perspectiva de como será o amanhã.
O movimento dos caminhoneiros, que é justo, legitimo, passou a ser o depositário de todo tipo de protesto.
Contra os aumentos sucessivos/abusivos do diesel e também contra os aumentos a gasolina, a buraqueira nas estradas, o abandono da educação e da saúde, as filas, e o governo Temer.
Mas, na esteira do movimento dos caminhoneiros vem, entre outras sugestões, a proposta da intervenção militar, que é solução velha para um problema novo.
É derrotar o processo democrático, cassar as liberdades.
É voltar ao passado, e fazer no século 21 o modelo do século 20. Que teve erros e acertos. Mas, em outro momento. Quando o país era menor, as comunicações restritas e obsoletas, os mecanismos de controle inexpressivos e insignificantes.
A mudança real deve se dar pela consciência, pela escolha mais apurada e responsável dos políticos que vai eleger.
Lembrando que os caminhoneiros podem estar nas ruas, parando o país, e encurralando o governo, porque vivemos num regime democrático.
A reação do setor produtivo
Alguns dos principais empresários do pais aterrissam hoje em Brasilia para reuniões com o governo federal sobre os reflexos do movimento dos caminhoneiros.
O sul do estado terá representantes nas reuniões. Há setores da economia da região que estão sendo seriamente afetados.
Demissão de Parente
O governador Eduardo Moreira, MDB, passou a defender abertamente a demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente.
Desde a semana passada, o governador vinha fazendo criticas a política de preços adotada pela direção da Petrobras. Escreveu na “carta aos catarinenses”, que distribuiu no domingo à noite, que ela foi a causa do movimento dos caminhoneiros.
Ontem à noite, durante a reunião colegiada do Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cigerd), Eduardo voltou a criticar a política de preços do combustível e foi além. Disse que Pedro Parente precisa deixar o cargo.
Gasolina chegando
O prefeito Clesio Salvaro, PSDB, acertou ontem com os órgãos de segurança a chegada em Criciúma de 21 mil litros de combustível para abastecer viaturas e unidades de saúde e hospitais.
Seguindo a vida
O prefeito Salvaro seguiu com a agenda que estava previamente definida e inaugurou no fim de semana várias ruas pavimentadas.
O prefeito de Içara, Murialdo Gastaldon, MDB, manteve cerimonia do hospital São Donato.
Tentam manter a rotina, mas todos estão com as barbas de molho!
Preocupados com o “amanhã”, porque nenhum deles arrisca palpite sobre o que vai acontecer.
Preservar direitos
O momento delicado recomenda respeito aos direitos adquiridos, especialmente os que se referem a defesa dos interesses do consumidor.
Por isso, não faz sentido o projeto de lei 027/2018, encaminhado pelo executivo, e que tramita na câmara de vereadores, para revogar a garantia de tempo máximo de espera do clientes nas filas das casas lotéricas da cidade.
A eventual aprovação do projeto representa um retrocesso, com a derrubada de um direito adquirido pelo cidadão/cliente.
Lei de Gerson
Robson Izidro, empresário, diretor do Criciúma, escreveu no facebook:
"Neste primeiro momento de “suposta falta de mercadorias”, o povo que condena a corrupção e se diz honesto, na primeira oportunidade vai no mercado e compra o que pode, sem pensar no coletivo. Vi reportagens de preços de batata, cebola, tomate, 6 vezes acima do normal. Isto é oportunismo”.
O negócio
A negociação da área do hospital São José, na rua José Gaidzinski, ao lado do posto de saúde central, foi encaminhado pelo empresário Edilando Moraes, ex-presidente da Acic.
Ele representou empresários investidores que vão construir no local um edifício comercial.
A negociação se deu por algo em torno de r$ 15 milhões.
Mudou de novo
O deputado Gelson Merisio, PSD, mudou de novo a data do lançamento de sua candidatura ao governo. Por causa do movimento dos caminhoneiros.
Seria no sábado passado, mas ele passou para o dia 2, próximo sábado, e ontem remarcou para o dia 26 de junho.
Merisio mudou a data porque não sabe quando o movimento termina.
Mas, com isso terá mais tempo para “costuras internas”, no ambiente PP-PSD, onde está aquecido o debate sobre a inclusão do PSDB. Que Merisio não quer, mas Esperidião Amin, PP, e Raimundo Colombo, PSD, estão defendendo.