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Intervenção militar - solução velha para um problema novo!

Por Adelor Lessa 29/05/2018 - 05:49 Atualizado em 29/05/2018 - 08:18

Depois de tanto tempo de estrada, quatro décadas de profissão, tenho que ter compromisso é com a minha consciência, ser honesto com as pessoas e firme nas convicções.

Não me admito mais com receio de me posicionar, mesmo que não seja na sintonia da onda do momento.

O que mais quero é contribuir de alguma forma para ajudar a fazer que o mundo onde vivemos seja melhor para os filhos e netos.

Por tudo isso, externo minha angustia com o momento que vivemos.

Momento conturbado, confuso, de intensa agitação e, principalmente, sem perspectiva de como será o amanhã.

O movimento dos caminhoneiros, que é justo, legitimo, passou a ser o depositário de todo tipo de protesto. 

Contra os aumentos sucessivos/abusivos do diesel e também contra os aumentos a gasolina, a buraqueira nas estradas, o abandono da educação e da saúde, as filas, e o governo Temer.

Mas, na esteira do movimento dos caminhoneiros vem, entre outras sugestões, a proposta da intervenção militar, que é solução velha para um problema novo.

É derrotar o processo democrático, cassar as liberdades.

É voltar ao passado, e fazer no século 21 o modelo do século 20. Que teve erros e acertos. Mas, em outro momento. Quando o país era menor, as comunicações restritas e obsoletas, os mecanismos de controle inexpressivos e insignificantes.

A mudança real deve se dar pela consciência, pela escolha mais apurada e responsável dos políticos que vai eleger.

Lembrando que os caminhoneiros podem estar nas ruas, parando o país, e encurralando o governo, porque vivemos num regime democrático.


A reação do setor produtivo

Alguns dos principais empresários do pais aterrissam hoje em Brasilia para reuniões com o governo federal sobre os reflexos do movimento dos caminhoneiros.

O sul do estado terá representantes nas reuniões. Há setores da economia da região que estão sendo seriamente afetados.


Demissão de Parente

O governador Eduardo Moreira, MDB, passou a defender abertamente a demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente.

Desde a semana passada, o governador vinha fazendo criticas a política de preços adotada pela direção da Petrobras. Escreveu na “carta aos catarinenses”, que distribuiu no domingo à noite, que ela foi a causa do movimento dos caminhoneiros.

Ontem à noite, durante a reunião colegiada do Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cigerd), Eduardo voltou a criticar a política de preços do combustível e foi além. Disse que Pedro Parente precisa deixar o cargo.


Gasolina chegando

O prefeito Clesio Salvaro, PSDB, acertou ontem com os órgãos de segurança a chegada em Criciúma de 21 mil litros de combustível para abastecer viaturas e unidades de saúde e hospitais.


Seguindo a vida

O prefeito Salvaro seguiu com a agenda que estava previamente definida e inaugurou no fim de semana várias ruas pavimentadas.

O prefeito de Içara, Murialdo Gastaldon, MDB, manteve cerimonia do hospital São Donato.

Tentam manter a rotina, mas todos estão com as barbas de molho!

Preocupados com o “amanhã”, porque nenhum deles arrisca palpite sobre o que vai acontecer.


Preservar direitos

O momento delicado recomenda respeito aos direitos adquiridos, especialmente os que se referem a defesa dos interesses do consumidor.

Por isso, não faz sentido o projeto de lei 027/2018, encaminhado pelo executivo, e que tramita na câmara de vereadores, para revogar a garantia de tempo máximo de espera do clientes nas filas das casas lotéricas da cidade.

A eventual aprovação do projeto representa um retrocesso, com a derrubada de um direito adquirido pelo cidadão/cliente.


Lei de Gerson

Robson Izidro, empresário, diretor do Criciúma, escreveu no facebook:

"Neste primeiro momento de “suposta falta de mercadorias”, o povo que condena a corrupção e se diz honesto, na primeira oportunidade vai no mercado e compra o que pode, sem pensar no coletivo. Vi reportagens de preços de batata, cebola, tomate, 6 vezes acima do normal. Isto é oportunismo”.


O negócio

A negociação da área do hospital São José, na rua José Gaidzinski, ao lado do posto de saúde central, foi encaminhado pelo empresário Edilando Moraes, ex-presidente da Acic.

Ele representou empresários investidores que vão construir no local um edifício comercial.

A negociação se deu por algo em torno de r$ 15 milhões.


Mudou de novo

O deputado Gelson Merisio, PSD, mudou de novo a data do lançamento de sua candidatura ao governo. Por causa do movimento dos caminhoneiros.

Seria no sábado passado, mas ele passou para o dia 2, próximo sábado, e ontem remarcou para o dia 26 de junho.

Merisio mudou a data porque não sabe quando o movimento termina.

Mas, com isso terá mais tempo para “costuras internas”, no ambiente PP-PSD, onde está aquecido o debate sobre a inclusão do PSDB. Que Merisio não quer, mas Esperidião Amin, PP, e Raimundo Colombo, PSD, estão defendendo.

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