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Julio Garcia na Alesc e outras da coluna

Terceira presidência e com unanimidade para o deputado Julio em seu retorno à Assembleia

Por Adelor Lessa 02/02/2019 - 06:55

Julio Garcia contabiliza mais uma importante vitória em sua carreira política. Pela terceira vez chega à presidência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Somente isso já seria um marco, porém ainda há outro ponto que deixa a conquista ainda mais importante. É a terceira vez por unanimidade e no momento que retorna ao Parlamento. Se torna o político com mais influência em Santa Catarina. Principalmente pelo momento vivido com um governador mais técnico.
Conseguiu unir em votos de PT a PSL. Todos foram a favor de seu nome. A Assembleia Legislativa inicia mais uma legislatura e de forma diferente de outros anos, mais renovada. São 18 reeleitos e 22 que iniciam mandatos. Caberá a Julio Garcia fazer o papel de harmonia entre os novatos e os mais experientes. Há também uma grande diferença ideológica, mas é justamente isso que garante a democracia e a representatividade.
Ter uma pessoa com habilidade para transitar entre uma bancada e outra, com característica pacificadora, garante uma legislatura em harmonia.
Aliás, foi a harmonia o mais destacado por Julio Garcia durante a posse. Ele fez questão de dizer que as conversas que antecederam a unanimidade são todas publicáveis. O que nem sempre é possível no meio político.
O discurso de posse de Julio Garcia foi ainda em defesa da classe política, tão desmoralizada com escândalos, que se esquece o quanto a política, aquela de bem, é importante na vida de cada cidadão.

O discurso

E por falar do discurso de Julio Garcia, não dá de deixar de fazer análise da forma bem sutil, assim como é de sua característica, deixou seus recados. Primeiro disse que não há nem nova, nem velha política e que a nova política é apenas um bordão de eleição que pegou. Não é preciso forçar muito a memória para saber que esse foi o tema pregado pelo PSL e pelo governador Carlos Moisés.

O outro recado foi curto e enfático. “Não há maioria sem diálogo”. É um sinal que o governador terá que mudar sua posição até o momento e buscar o diálogo com os deputados.
Moisés esteve na sessão de posse da Assembleia Legislativa. Entrou de forma discreta. Pelas portas dos fundos. Se reuniu com algumas lideranças na sala da presidência e saiu antes de terminar todas as votações. Convidou os empossados para um happy hour na Agronômica.

Começa de fato o governo de Carlos Moisés

Carlos Moisés está há um mês no comando de Santa Catarina. Vem fazendo um governo técnico e chamando a responsabilidade toda para si. Mas até agora não tinha Assembleia Legislativa, a legislatura passada estava de férias e a nova ainda não havia tomado posse. A partir de agora terá oposição e terá que buscar maioria se quiser aprovar projetos importantes. O primeiro deles, a reforma administrativa.

Em análise

Os deputados, pelo menos a maioria deles, ainda não falam fortemente em oposição a Carlos Moisés. Preferem adotar o já conhecido discurso de que votarão no que será melhor para Santa Catarina. Falta dizer o que é melhor para Santa Catarina, já que o que é bom para um pode não ser para outro. Há algumas exceções, como Kenedy Nunes (PSD) e por confronto de ideologia o PT.

Um teto

Um dos maiores defensores de redução de gastos no Legislativo é Jessé Lopes (PSL). Sobre o veto, ele coloca que ainda precisa analisar, mas já adianta que fica difícil defender se os vencimentos passam do teto estabelecido para salários em serviços públicos. Deu exemplo pessoal. Seu chefe de gabinete é da reserva da PM e recebe menos do que outros chefes de gabinetes para que fique dentro do teto.

Dois votos contra

Se a eleição de Julio Garcia foi unanimidade, a da Mesa Diretora, feita logo em seguida, recebeu dois votos contra. O de Bruna Souza (PSB) e de Jessé Lopes (PSL). Os dois estreantes na Casa. Jessé, que é de Criciúma, justificou seu voto contrário por não ter mantido diálogo com os membros da Mesa Diretora e que não votaria em quem não conhece. Ao contrário de Julio Garcia, que o procurou e manteve diálogo.

Escolha das comissões

Agora os deputados buscam dentro de suas bancadas as indicações para as comissões que mais têm afinidade com suas bandeiras. José Milton Scheffer (PP) deixa a liderança de partido para João Amin (PP) por rotatividade. Pretende presidir a comissão de agricultura. Felipe Estevão (PSL) pretende ficar com a comissão de pesca.

Perdeu a liderança

Felipe Estevão estava mapeado para liderar o PSL na Alesc. Só que na véspera Coronel Mecellin, que será líder de governo, optou por Alba, que tem mais experiência política. Estevão ameniza a decisão. Entende que assim se dedicará mais a outras pautas.

Sul fortalecido

O Sul do Estado inicia a legislatura fortalecido. O principal fator é a presidência de Julio Garcia. Ainda tem Rodrigo Minotto (PDT) na segunda vice-presidência. São dois representantes na Mesa Diretora. Tem ainda a terceira maior bancada. São oito deputados. Se a união prevalecer, terão mais força na hora de reivindicar os pleitos regionais. Há mais um sinal de alerta aceso para a economia da região. Enquanto o Estado deve ter aumento de arrecadação, os municípios da AMREC devem apresentar queda no ICMS. O Sul precisa da união de seus deputados no fortalecimento de pautas.

CPI da Ponte

Dois assuntos dominaram os bastidores da posse na Alesc. O primeiro é o número de assinaturas para dar início a CPI da Ponte Hercílio Luz. Já são 13 das 14 necessárias. Os mais otimistas apostam que na segunda já terá o quadro completo. O assunto é liderado por Bruno Souza (PSB) e Jessé Lopes (PSL). Também já assinaram: Altair Silva (PP), Luciane Carminatti (PT), Maurício Eskudlark (PR), Neodi Saretta (PT), João Amin (PP), Nilso Berlanda (PR), Ana Caroline Campagnolo (PSL), Felipe Estevão (PSL), Jair Miotto (PSC), Marcius Machado (PR) e Sargento Lima (PSL).

Prestigiando

O ex-governador Eduardo Moreira (MDB) esteve na posse na Assembleia Legislativa. Circulou com desenvoltura entre todos. Na foto, com Vampiro, um de seus afilhados políticos.

Conselho Federal

O ex-presidente da OAB Criciúma, Fábio Jeremias, tomou posse no Conselho Federal da OAB, em Brasília, sexta-feira. Fábio foi eleito junto com Rafael Horn (à esquerda), presidente da OAB Santa Catarina. Na foto ainda, o ex-presidente da OAB Santa Catarina, Paulo Brincas.

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