Quando o deputado Eduardo Bolsonaro esteve em Criciúma, faz 15 dias, Julio Lopes, na condição de presidente estadual da UDN, ofereceu o partido como alternativa para o presidente Bolsonaro e seus liderados que já estavam de saída do PSL. Eduardo levou a papelada, mas deu a entender que a decisão estava tomada, para outro encaminhamento.
Uma semana depois, era anunciada a criação do Aliança.
Julio Lopes havia assumido a coordenação da UDN no estado em abril, porque já previa que o PSL iria “explodir”(definição que ele usa).
Antes disso, dois anos antes da eleição de 2018, comandou a organização do PSL no sul do estado, junto com o seu filho, Jessé Lopes, que inicialmente não imaginava nem que seria candidato a deputado estadual.
Agora, Julio está trabalhando para organização e registro do Aliança, o partido do bolsonarismo.
O desafio posto é conseguir o número de assinaturas em tempo recorde (até março), para se possivel participar da eleição de 2020. Ele tem a vantagem de ter feito tudo isso pela UDN no inicio do ano.
Ontem à noite, ele estava em reunião até 21h tratando do partido, e também do congresso do movimento conservador.
Apesar de tudo isso, Julio continua presidente da fundação cultural, no governo do prefeito Salvaro, PSDB, e não pensa em sair. Não vê incompatibilidade política.
Repete que é fiel ao prefeito, e que só deixaria se votar nele se o seu filho, deputado Jesse, fosse candidato a prefeito. “Como o Jessé não será, o Clesio terá meu voto”, arremata.
No comando
A vice-governador Daniela Reinahrt deve ser anunciada nesta semana como coordenadora do Aliança em Santa Catarina.
Se não for ela, deve ser a deputada federal Caroline De Toni.