A Lava Jato alcançou a ex-ministra e ex-deputada catarinense Ideli Salvati. Ela foi citada na delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, e passou a ser formalmente investigada pela Policia Federal, em Curitiba.
É contra Ideli um dos novos inquéritos abertos pela Policia Federal na Operação Lava Jato. Também passam a ser investigados, o ex-presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves, PMDB, que já está preso, e petistas conhecidos, como os ex-deputados Cândido Vacarezza, Jorge Bittar e Edson Santos.
O ex-presidente da Transpetro relatou, em sua delação, que Ideli teria recebido r$ 500 mil da construtora Camargo Corrêa para sua campanha ao governo do estado, em 2010.
Consta no depoimento de Sergio Machado:
"Ideli era líder de governo e candidata ao governo de Santa Catarina, disse que estava sendo estudada a possibilidade de estaleiros no Estado e perguntou, por telefone, se poderia receber seu chefe de gabinete; que em seguida fui procurado pelo seu chefe de gabinete no hotel Bonaparte em que estava hospedado em Brasília; que ele perguntou se o depoente poderia colaborar na campanha de Ideli Salvatti, em 2010”.
Sérgio Machado afirmou que tratou com uma das empresas que pagavam recursos ilícitos oriundos de contratos com a Transpetro (Camargo Corrêa) e foi viabilizado então o "apoio financeiro".
A ex-ministra Ideli Salvati cumprindo até setembro/2017 função na OEA (Organização dos Estados Americanos), nomeada pela ex-presidente Dilma Rousseff.
A assessoria de Ideli informou: "A delação do Sérgio Machado constitui exemplo clássico de colaboração desamparada de base empírica idônea apta a sustentá-la".