Havia a possibilidade da candidatura do deputado federal criciumense Daniel Freitas para senador. Ele foi o segundo deputado federal mais votado em 2018, fez mais de 140 mil votos, só ficou atrás do Hélio Costa. Ele foi vereador em Criciúma, presidente da FME e exerceu outras atividades. A vice-governadora Daniela Reinehr também se colocou à disposição. Também estava nas cotações o deputado estadual Kennedy Nunes, do PTB, deputado em quarto mandato, é de Joinville e vai concorrer a senador. O arco bolsonarista tinha essas três alternativas como candidaturas ao Senado.
O senador Jorginho Mello e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, foram ao presidente Jair Bolsonaro para definir o nome do candidato. Ele tirou do bolso o nome de um amigo, o secretário nacional da Pesca, Jorge Seif. Ele é carioca radicado em Itajaí, se em Itajaí perguntarem, ele é desconhecido, ainda mais em Itajaí. Bolsonaro definiu. Seif foi anunciado como candidato do PL a senador por Santa Catarina, é o candidato ao Senado na chapa de Jorginho Mello simplesmente por ser amigo de Bolsonaro. Para Santa Catarina é o tratamento mais adequado? O Estado merece um tratamento mais respeitoso, alguém que represente efetivamente os principais segmentos da sociedade, organizações comunitárias, entidades representativas. O Jorge Seif, que pode ser uma boa pessoa, inteligente, qualificado, mas não é conhecido. Quem é Jorge Seif? Foi vereador? Não. O Luciano Hang também não, mas o Luciano Hang é um empreendedor vencedor, conhecido em todo o estado. Tem história. Mas o Jorge Seif?
Bom, quem deve ter gostado é o ex-deputado Jorge Boeira que está se encaminhando para ser candidato ao Senado. E o que se coloca é que ele seja o único candidato do Sul na majoritária. E quem deve estar gostando é Raimundo Colombo, que busca candidatura a governador mas pode concorrer ao Senado. Estes podem ter aplaudido a decisão do presidente Bolsonaro. Mas esse negócio de tirar um nome do bolso e colocar por dizer que é o que quer, isso é mais antigo que guardar pinguim em cima da gelaidera.
Em Içara, problema com a Casan
Uma informação preocupante envolvendo o Governo do Estado na região. A prefeita Dalvania Cardoso, em Içara, está com posição firme em relação à Casan. Está admitindo a possibilidade de romper o contrato. Nesse caso, o Samae de Içara voltaria a assumir o serviço. Há um não cumprimento de contrato, a Casan pediu aditivo e a prefeita disse que só assinará se contrapartidas forem assumidas. Se não, avançará para o distrato, que está sendo analisado pela assessoria jurídica da prefeitura de Içara.
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