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MDB cobra acordo e indica Mota para assumir presidência da Assembléia

Por Adelor Lessa 23/08/2018 - 05:58 Atualizado em 23/08/2018 - 09:06

O vice-presidente da executiva estadual do MDB, deputado Valdir Cobalchini, foi ontem ao presidente da Assembléia, deputado Silvio Dreveck, PP, pedir que o deputado do sul Manoel Mota seja empossado na presidência, cumprindo acordo firmado entre os partidos em 2016.

Para isso, Silvio terá que renunciar a presidência.

Pelo acordo, o presidente em 2017 seria do PP e 2018 do MDB.

Dreveck foi presidente em 2017 pelo PP e Aldo Schneider assumiu em fevereiro de 2018 pelo MDB.

Só que Aldo morreu no domingo.

Silvio reassumiu a presidência porque estava como primeiro vice da Assembléia.

Mas, o deputado Cobalchini sustenta que o acordo foi feito entre partidos e deve ser respeitado.

Na falta de Schneider, o MDB deve indicar outro deputado para presidente. E Mota é o indicado.

A reunião entre Cobalchini e Dreveck foi feita logo depois da cerimonia de posse de Manoel Mota, a portas fechada, sem testemunhas.

Silvio pediu prazo para tratar do assunto com a sua bancada e com aliados (principalmente o deputado Gelson Merisio, PSD, que encaminhou o acordo de 2016).

Nos bastidores da Assembléia é dito que Dreveck está decidido a continuar na presidência porque o acordo foi “pessoal”, firmado com  Aldo Schneider, e não com o MDB.

Para completar, MDB e PP são adversários na eleição que está em curso no estado.

O que pode facilitar um eventual entendimento é que Mota não é candidato. Vai encerrar a carreira no fim do mandato.

Cobalchini já disse que o MDB não vai judicializar o assunto, nem fazer confronto. Quer tratar politicamente.

A tendência é que Mota assuma a presidência. Se não for agora, deve ser no ultimo mês, ou última semana.

Para encerrar a carreira “no topo”, numa forma de homenagem pelos sete mandatos.


Casa cheia

Manoel Mota foi empossado ontem à tarde como deputado estadual, na vaga de Aldo Schneider. Políticos do sul e amigos do deputado lotaram a sala da presidência, onde foi feita a cerimônia (foto).

O presidente do Tribunal de Justiça, Rodrigo Colaço, também participou.

Mota tem 77 anos, cumpre mandatos desde 1982 - prefeito de Araranguá uma vez e sete mandatos de deputado estadual).


Pesquisa IPC

A tese que a pesquisa para governador teve 60% de voto branco, nulo e não sabe porque os candidatos eram desconhecidos caiu por terra coma pesquisa para o senado.

Afinal, Esperidião Amin, Raimundo Colombo, Paulo Bauer e Ideli Salvati são bem conhecidos. E deu mais de 60% de branco, nulo e não sabe.

A mostrar que o eleitor não está ligado na eleição, ou nos candidatos apresentados.


Pesquisa IPC 2

Na intenção de voto manifestada, deu o previsto. Esperidião Amin, ex-governador, sempre muito forte no sul, está na dianteira (32,80%), com folga.

Depois dele, vem Raimundo Colombo (22,56%), que foi governador até fevereiro.

Na terceira posição, Paulo Bauer (14,08%), atual senador.


Desafio

O prefeito Clesio Salvaro, PSDB, e o governador Eduardo Moreira, MDB, seriam os maiores derrotados em Criciúma, se a eleição fosse, considerando os dados apresentados pela pesquisa do Instituto IPC.

Os dois estão juntos, na mesma aliança, e os seus candidatos ao senado estão com números muito aquém do projetado.

Paulo Bauer aparece em terceiro e Jorginho Mello em sexto.


Não foi

Renato Valvassori, ex-presidente da fundação municipal de esportes, anunciou ontem que vai apoiar o candidato a deputado federal do PP, Leodegar Tiscoski.

Ele apareceu numa foto publicada na coluna de ontem em reunião com o deputado Ricardo Guidi, PSD, também candidato a federal.


Quem foi

Valvassori é ligado ao deputado federal Jorge Boeira, PP, que não é candidato a reeleição e está apoiando Tiscoski.

Ele confirma que um grupo de apoiadores de Boeira, com mais de 80 pessoas, fechou com Guidi, mas garante que eles não são filiados ao PP.


Entrou na campanha

Uma reunião ontem à noite em um bairro de Criciúma marcou a entrada do ex-prefeito Anderlei Antonelli na campanha a deputado estadual de Julio Garcia e a federal de Ricardo Guidi, ambos do PSD.

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