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MDB de Criciúma terá que se reinventar fora do poder e outras da coluna

Por Adelor Lessa 16/11/2018 - 05:53 Atualizado em 16/11/2018 - 05:56

O MDB de Criciúma assumiu a prefeitura pela primeira em 1983 com a eleição do prefeito José Augusto Hulse. A partir daí, sempre esteve no poder. No governo do estado, na prefeitura ou no governo federal. Muitas vezes, nas três instâncias. Aproveitando-se disso, o partido se fez o maior do município. E se acostumou a fazer militância através da estrutura de poder. 

Mas, a partir de janeiro, o MDB de Criciúma, derrotado em outubro, estará totalmente fora do poder, depois de décadas. E corre o risco de diminuir. 

Na prefeitura está Clesio Salvaro (PSDB), adversário histórico, que até se relaciona harmoniosamente com o governador Eduardo Moreira (MDB), mas apenas por interesse administrativo. Politicamente, continuam sendo água e óleo.

Na eleição de outubro, Salvaro colocou o “15" no peito, obedecendo coligação estadual, mas ouviu reações das bases. Teve que dar explicações e se desgastou.

Nos bastidores, Salvaro opera para enfraquecer o MDB. Deve, inclusive, levar para o seu lado um dos vereadores do partido.

No governo do estado estará o Comandante Moisés (PSL). A não ser que mude o curso, não dará guarida ao MDB.

No governo federal, assumirá Jair Bolsonaro (PSL), sem vínculos com o MDB, comprometido com o novo.

Os aliados de Bolsonaro e Moisés na cidade não querem abrir espaço para abrigar o MDB.

O politico do MDB de Criciúma que se salvou na eleição de outubro e saiu com mandato (e com agua estrutura de poder), foi o deputado estadual reeleito Luiz Fernando Vampiro. Mas, o seu gabinete na Assembleia não conseguirá abrigar todos do MDB que ficarão desalojados a partir de janeiro.

O deputado federal Ronaldo Benedet, que comanda o partido no município faz décadas, não se reelegeu, fez votação muito pequena, saiu enfraquecido, e praticamente se recolheu depois da eleição.

Centenas de comissionados, cabos eleitorais e dirigentes do partido ficarão sem espaço (e desempregados). E a eleição de 2020 chegará em seguida. 

Hoje o partido tem cinco vereadores, mas terá muito trabalho para não perder alguns no meio do caminhos, e não ter redução na sua lista de candidatos. Porque o assédio de todos os outros será intenso. E já começou.

 

Promessa não cumprida

O ano está ano está terminando, e nada do centro de inovação de Criciuma.

Foi anunciado em 2014, junto com projetos de mais 12 pelo estado. Todos os outros estão em obras ou funcionando, e o de Criciuma, nem licitação foi feita.

No sul, o de Tubarao está quase pronto. Em abril, o governo do estado liberou r$ 5 milhões para sua conclusão.

E o de Tubarao, foi anunciado depois.

O governador Eduardo Moreira anunciou na ACIC, antes da palestra do ex-ministro Henrique Meireles, r$ 10 milhões para construção do centro de inovação de Criciúma. E acrescentou: "se for preciso mais, podem contar”. Mas, não foi além do anúncio!

O projeto está parado, estacionado, travado!

Criciuma está perdendo com isso.

O estado catarinense se transformou em um pólo importante para startups. Mas, Criciuma vai ficando para trás, porque não tem investimento público na área.

É preciso dizer que a Associação empresarial de Criciuma tem se movimentado, e muito. O presidente Moacir Dagostim já foi e voltou a Florianópolis várias vezes para isso. Fez muitas reuniões aqui. Mas, não depende dele. Ele faz o que pode.

A culpa é do governo do estado?

Principalmente.

Só que teve também uma disputa de vaidade, por causa do local do centro de inovação, que atrapalhou bastante.

É preciso virar a página e dar solução no assunto.

O atual governo do estado ainda pode resolver, e pelo menos deixar encaminhado, com a obra licitada, não ficar em debito com a cidade.

Ou, que os políticos dos novos mandatos, a partir de janeiro, tratem o projeto que a importância que ele merece.

 

PM no Centro Cultural

O prefeito Clesio Salvaro chamou o comandante regional da Policia Militar, coronel Cosme Manique Barreto, para um café, hoje, no Paço. Quer entender de onde ele tirou a idéia de levar a sede regional da PM para o prédio restaurado do centro cultural Jorge Zanatta.

Por via das duvidas, Salvaro já adiantou que não existe a menor possibilidade de isso acontecer.

No feriado, escreveu no facebook: 

"Diante dos rumores sobre possível base da Polícia Militar no centro Cultural Jorge Zanatta,  ressalto: a atitude é louvável mas inviável. O centro Cultural é um prédio histórico da década de 40 que vai ser utilizado para promover atividades culturais inclusive daqui a um mês, dia 14 de dezembro às 19 horas vamos reinaugurar a estrutura, que estava abandonada, em ruínas”.

 

Dos pedágios

A Fiesc fechou posição, vai defender a mudança no sistema de cobrança de pedágio no trecho sul da br 101. Quer a adoção do sistema free flow (fluxo livre), sem praças de pedágio.

Os seus representantes já falaram sobre isso na reunião que teve na Acic sobre os pedágios, faz 10 dias.

A Fiesc vai levar esta proposta à audiência que a ANTT (agencia nacional de transporte terrestre) vai fazer em Florianópolis, segunda-feira.

Decisão foi consolidada na reunião do conselho da Federação, quarta-feira.

A pergunta que cabe ao caso: “no trecho norte também vão mudar o sistema de cobrança? Ou o novo sistema seria apenas para o treco sul?”.

 

Em Brasília

Governador eleito Comandante Moises esteve em Brasilia para reunião com o presidente eleito Jair Bolsonaro e se encontrou com o futuro ministro da Casa Civil, deputado Onix Lorenzoni (DEM).

Estava acompanhado do deputado federal eleito Daniel Freitas (PSL) e o presidente estadual do PSL, Lucas Esmeraldino.

 

PSL em Orleans

A deputada estadual eleita Ana Campagnolo (PSL), defensora ferrenha do projeto escola sem partido, que ganhou mídia nacional pelas suas posturas, esteve em Criciúma no feriado, a convite do deputado estadual eleito Jesse Lopes (PSL).

Ela fez palestra em Orleans sobre “feminismo e entendendo direita esquerda”

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