O Ministério Público Federal, por sua representação em Criciúma, instaurou a pesquisa nesta terça-feira para apurar denúncias envolvendo o curso de medicina no campus da UFSC em Araranguá, que pode levar à paralisação das aulas em outubro.
A falta de professores para dar continuidade nas aulas, principalmente dos alunos do sétimo semestre foi denunciada ao MPF pelos estudantes, através do Centro Acadêmico Livre de Medicina (Calmed). A denúncia foi entregue na semana passada.
O Pedido da República, Fábio de Oliveira, já adicionou de informações para a UFSC e o Ministério da Educação sobre o caso.
Implantado em 2018, a turma mais avançada do curso se encontra na fase sétima e corre o risco de ter apenas uma hora aula por semana a partir de outubro, quando devem ser 41h aula por semana.
O curso deveria funcionar com 60 professores e 30 técnicos. Mas, desde o início da primeira turma está com os mesmos 26 professores, e nenhum técnico.
A Reitoria da UFSC informou por nota que não pode contratar mais professores devido a determinação do Ministério da Economia. A Administração Central e a Direção do Campus de Araranguá garantem que estão negociando com o MEC e o Ministério da Economia para suprir as necessidades do curso. Além disso, estudam transferência temporária de professores de Florianópolis para Araranguá.