Deve ser confirmada nas próximas horas a demissão do Controlador Geral do Estado, professor Luiz Felipe Ferreira.
Ele já teria feito o pedido de demissão ao governador Carlos Moisés.
Informação foi divulgada ontem à noite pelo jornalista Cláudio Prisco, mas a assessoria do Governador garantiu pouco depois das 20h que não havia decisão a respeito.
A Controladoria foi uma estrutura criada pelo atual governo, mas no episódio da compra dos respiradores saiu seriamente desgastada por não ter "identificado" a operação a rempo de evitá-la.
Além disso, o professor Luiz Felipe acumulou declarações desastrosas e polêmicas, e perdeu apoio do grupo que tinha sob seu comando. Toda a equipe de auditores e mais a adjunta pediram demissão.
Ferreira será o quarto integrante do primeiro escalão do Governo Moisés que é fulminado no episódio dos respiradores. Antes dele, caíram dois chefes da Casa Civil e um secretário de saúde.
Ontem, o governador Carlos Moisés tentava emplacar um deputado na chefia da Casa Civil para recuperar uma base mínima na Assembléia Legislativa capaz de impedir a abertura do processo de impeachment e o seu afastamento do cargo.
As primeiras investidas de Moisés estariam sendo feitas sobre deputados do MDB. Vários nomes são citados. Mas, nenhum deles confirma qualquer conversa, pelo menos até agora.
O entendimento é que um acordo com o MDB conseguirá "desarmar a bomba" que está por explodir na Assembléia.
A movimentação para levar o MDB para o Governo pode envolver espaços (cargos) e até o compromisso de partilhar as decisões.
Mas, na bancada do MDB não tem clima para tratar de acordo com Moisés e nenhum deputado se arriscaria em aceitar convite de forma isolada.
O Governador está se reunindo e fazendo conversas por telefone desde sexta-feira à noite, quando acertou a saída de Amândio da SilvaJúnior da chefia da Casa Civil.
O que está pacificado no Governo é que o novo Chefe da Casa Civil será do ambiente politico. Se não for possível um deputado, será alguém que tenha trânsito e relações na Assembléia Legislativa.
Já fora da Casa Civil, Amândio pestará depoimento hoje na CPI dos Respiradores e é dito nos bastidores que poderá ser apresentada uma gravação comprometedora.
De acordo com o deputado Kennedy Nunes, a reunião de hoje da CPI será uma das mais importantes pelo seu conteúdo "revelador".
Enquanto isso, o Governador Moisés, mesmo em fase de articulações políticas, segue seu roteiro de viagens ao interior.
Nesta semana vai a Blumenau.
Na próxima semana deverá estar na região, provavelmente no auge da crise em torno do seu Governo.
Vai cumprir agenda em Criciúma, Forquilhinha e talvez Araranguá.
Em Criciúma deve entregar a ordem de serviço para início da obra da rodovia Jorge Lacerda e liberar primeira parte dos recursos para implantação do Centro de inovação, em Forquilhinha vaideterminar o "start" para a obra na rodovia Jacó Westrup e em Araranguá para a nova ponte sobre o rio Ararangua.
Moisés também pode ir à Içara para assinar os atos de liberação de recursos para a implantação da Rota dos Trilhos.
Apanhou porque reduziu
O prefeito Clesio Salvaro aplicou dois redutores no seu salário (e do vice). Está recebendo hoje metade do que é previsto em lei.
Agora, último ano de mandato, e cumprindo determinação da Lei Orgânica do Município, tem que fixado (e publicado) o provimento/salário do prefeito (e vice) para o "mandato seguinte". É obrigatório, podendo ser punido se não o fizer.
Ato específico foi então publicado no Diário Oficial.
Os valores são praticamente os mesmos que o Prefeito estaria recebendo se não tivessem os redutores.
Para quem não conhece toda a história, imagina que o ato publicado faz dobrar o salário. Não é isso.
O que a CPI investigaria
Duas denúncias, muito semelhantes no conteúdo, foram protocoladas no Ministério Público, pedindo que sejam investigadas denúncias que envolvem a AFASC.
Uma das denúncias tem as assinatiuras de sete vereadores (Zairo Casagrande, Ademir Honorato, Solange Barp, Julio Kaminski, Pastor Jair, Paulo Ferrarezi e Edson Paiol).
A outra é assinada por sete entidades, lideradas pelo SISERP, Sindicato dos Servidores Municipais.
Com as denúncias protocoladas, o Ministério Público, pela promotora de justiça Caroline Eller, deve investigar o que seria tratado pela CPI na Câmara de Vereadores, que acabou inviailizada (cancelada) por decisão judicial.