A principal novidade na coletiva de hoje do governo do estado, fim da tarde, foi a ausência do governador Carlos Moisés.
Quem coordenou a coletiva foi o secretário da saúde, André Mota Ribeiro.
Oficialmente, o governador estava ruim da garganta. Mas, na real, ele foi poupado.
Aparecer todos os dias para anunciar mortos, e "abrir janela" para levar petardos nas redes sociais, era um equívoco.
A sua retirada de cena faz parte das mudanças que o governo começa a sofrer, a partir da ascensão de Amândio da Silva Junior na chefia da Casa Civil e Gonzalo Pereira na chefia da comunicação.
Amândio substituiu o desgastado (e denunciado) Duglas Borba, e passa a ser o responsável pela articulação política do governo.
Gonzalo assumiu o cargo que estava com Ricardo Dias, que foi levado da RBS Tv de Criciúma para o cargo, na "cota pessoal" do Governador.
Amândio passou boa parte do dia na Assembleia Legislativa, enquanto eram protocolados mais dois pedidos de impeachment e a CPI dos Respiradores definia os primeiros depoimentos.
Ele saiu da Assembleia convencido que a missão será mais difícil do que parecia. Governador terá que se empenhar pessoalmente para tentar reverter a situação de hoje, que é amplamente desfavorável ao governo (e favorável ao impeachment).
Moisés terá que sair do Palácio residencial da Agronômica, passar a despachar no Centro Administrativos, e, principalmente, abrir as portas do gabinete. Receber dirigentes de entidades representativas, deputados, prefeitos, e se dispor a ouvir.
Dos dois pedidos de impeachment protocolados hoje por deputados, um pede cassação de governador e da vice.
Se fosse a voto hoje, o pedido impeachment de Moisés passaria.
O da vice, não se sabe. Ninguem sabe ao certo como ela é. E isso pode ajudar Moisés.