Discutir, questionar, protestar, contra as cinco praças de pedágios no lado sul da BR-101 e a fixação da tarifa em R$ 5,00, é uma coisa. É um direito do cidadão, na defesa da isonomia com o lado norte. Mas, judicializar agora o assunto, levando à paralização do processo que já está em curso para concessão do trecho, é outra coisa. Isso não interessa à região. Será um tiro no pé!
Foi dito e repetido, à exaustão, que o negócio era mudar o que estava encaminhado antes da publicação do edital. As entidades representativas, lideradas pelas associações empresariais, tentaram fazer e para isso mobilizaram para audiência públicas, e fizeram inúmeras reuniões e debates. Aquele era o momento para pressão dos políticos sobre o governo federal para evitar que o edital de concessão do trecho saísse com as cinco praças e a tarifa a r$ 5,00. Mas, eles se encolheram. So faziam algum movimento quando eram cobrados.
No início do ano, depois de intensa e ruidosa pressão, os deputados do sul foram ao ministro dos transportes para pedir revisão destes pontos polêmicos do edital. O ministro não gostou, falou grosso, bateu na mesa, e disse que não teria mudança nenhuma. Os deputados não tocaram mais no assunto. Agora, o leilão para concessão do trecho está marcado para o dia 21 de fevereiro. E isso não pode mudar. A concessão tem que ser feita o quanto antes.
Quem circular pela BR-101 vai observar com facilidade buracos na pista e muitos pontos onde o asfalto está “esfarelando”. Se não for feita a concessão, e a iniciativa privada não assumir a conservação, vai esburacar tudo em pouco tempo.
O que ainda cabe aos políticos, a partir de agora, é tentar convencer o Governo Federal (por argumentos ou movimentos de pressão), a criar uma tarifa especial de implantação do pedágio, com desconto, talvez por uma década. Mas, suspender o processo de concessão (e implantação do pedágio), é mal negocio para o sul.